Início Destaques do Dia Dengue: fumacê deve começar a passar em bairros mais críticos esta semana

Dengue: fumacê deve começar a passar em bairros mais críticos esta semana

O último boletim epidemiológico apontou 520 casos confirmados de dengue em Maringá. A situação é preocupante mesmo com números longe de ser considerada epidemia. O secretário de Saúde de Maringá, Clóvis Mello informou que a Prefeitura solicitou o fumacê para a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) e aguarda o documento para a aplicação. A expectativa é começar nessa semana juntamente com os mutirões que seguirão sendo realizados.

“A gente não pode passar o fumacê sem a autorização da Sesa. Mas sinalizaram positivamente e vamos aplicar o produto, principalmente, nas regiões onde há maior número de focos como região Noroeste, Parque Hortência I e II, Jardim Olímpico, Três Lagoas e Ney Braga. Mas na semana passada já colocamos armadilhas de larvas que são necessárias para medir a eficiência e eficácia do novo composto que será utilizada no fumacê. Além disso trabalhamos com bombas aplicando veneno”, informou Mello.

Segundo o secretário, o Ministério da Saúde já começou a entregar aos municípios o novo composto químico para ser usado no fumacê. Ele reforçou ainda que a Prefeitura faz constantes ações e que a população precisa cuidar do quintal pelo menos uma vez na semana, quebrando o ciclo do mosquito caso ele já tenha entrado em desenvolvimento. Explicou que em média são nove dias para que as larvas que entraram em contato com a água virem mosquito.

A ′Semana D′, realizada em parceria com diversas secretarias da Prefeitura vai continuar nos próximos dias. Nos primeiros dias da ação na semana passada os resultados foram positivos. Foram recolhidas mais de 2 toneladas de materiais com potencial para abrigar focos do mosquito transmissor da doença. Houve a emissão de 45 notificações e constatação de outras cinco com prazo vencido, nas quais foram dadas sequências para autuação.

A força tarefa envolvendo as secretarias municipais de Saúde, Limpeza Urbana, Segurança, Educação e Fazenda (Fiscalização), realizou um mutirão na manhã de ontem em partes dos bairros Loteamento Batel e Residencial Paulino, com um trabalho também de limpeza no fundo de vale desta região.

CASOS

Em apenas uma semana, Maringá registrou dois óbitos decorrentes de complicações por conta da dengue hemorrágica. Na terça-feira a farmacêutica Giselle Itália Ruggeri Chiuchetta, de 47 anos morreu após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) depois de dias internada em um hospital do município. A Arquidiocese de Maringá publicou uma nota anunciando o falecimento e desejando forças ao esposo dela, o diácono Marcus Geandré Nakano Ramiro, da Paróquia Catedral Nossa Senhora da Glória.

Já na tarde de quinta-feira, Daniel Barbosa Quessada, de 20 anos, morreu vítima de dengue hemorrágica. O jovem, que era estudante de Direito e estava internado por complicações da doença, mas não resistiu. A morte gerou comoção em função da perda precoce, mas também revolta por parte de amigos que, durante o velório, relataram o cuidado que a família tem com o quintal de casa. O jovem foi sepultado na tarde de ontem. No período epidemiológico iniciado no dia primeiro de agosto do ano passado e que segue até julho, são mais de 2,5 mil notificações em Maringá, sendo que 1.364 casos foram descartados e 751 estão sendo investigados.

ATENDIMENTO

A Secretaria de Saúde reforçou o fluxo de atendimento em saúde e para otimizar e agilizar o atendimento da população. A orientação é, principalmente, quanto aos locais onde o paciente pode buscar auxílio de acordo com os sintomas suspeitos de dengue, chikungunya ou zika vírus. Ao notar sintomas considerados leves, como febre por mais de dois dias, dor de cabeça, desânimo, fraqueza, dor nos olhos, irritação na pele, vermelhidão, vômitos ou náuseas, dor muscular e nas articulações, é necessário buscar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência do cidadão.

Em caso de sintomas graves, como manifestações hemorrágicas espontâneas, sangramento em mucosas, dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, pressão baixa causada pela postura, desmaios, aumento de volume do abdômen, sonolência e/ou irritabilidade, diminuição da urina, hipotermia e desconforto respiratório, o paciente pode se direcionar às Unidades de Pronto Atendimento (UPA) Zona Norte ou Zona Sul.

DENÚNCIA

O cidadão pode colaborar, além de cuidando do próprio quintal, denunciando no aplicativo ′Ouvidoria 156 Maringá′, online ou via telefone 156, locais que sejam criadouros do mosquito.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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