Início Policial Cerco à quadrilha continua e pode durar até 4 dias, prevê PM

Cerco à quadrilha continua e pode durar até 4 dias, prevê PM

O depósito do empresa de transporte de valores era o alvo dos bandidos e foi explodido por eles

Até o final da tarde de ontem as forças de segurança não haviam anunciado a captura de nenhum dos 30 bandidos que participaram da ação na noite de domingo.

Mas prendeu ao anoitecer um suspeito de ter locado uma casa e dado suporte aos bandidos na fase preparatória do ataque, que culminou com intensa troca de tiros nas imediações do distrito de Palmeirinha. O comando da PM em Guarapuava suspeita que vários membros da quadrilha podem estar feridos e alguns até mortos na região. Durante a ação que tinha como objetivo assaltar o depósito de uma transportadora de valores , os bandidos dispararam vários tiros com armas pesadas contra a fachada do quartel da PM e colocaram fogo em dois caminhões de transporte de tropas. “A cena era de guerra. Os bandidos apagaram as luzes e estavam em toda a cidade. Estávamos com muito medo. Nunca tinha visto isso antes. Meus filhos são pequenos e estão desesperados. Ouvimos muitos tiros e ficamos embaixo da cama, quietos e no escuro”, relatou um morador, que preferiu não ser identificado.

Os bandidos acabaram sendo acuados pelo grande contingente de policiais militares que foi mobilizado com extrema rapidez e fugiram deixando três reféns para trás e provocando ferimentos em dois PMs, um deles atingido com gravidade na cabeça. Segundo o comandante-geral da PM, Coronel Hudson Leôncio Teixeira, o ataque ocorrido em Guarapuava se assemelha a outras ações criminosas em outros estados, como o ataque a agências bancárias em Criciúma, Santa Catarina, no fim de 2020, e em Araçatuba, no interior de São Paulo, ano passado.

Por precaução as forças de segurança evitaram o confronto direto na área urbana, mas perseguiram a quadrilha, trocando tiros com os bandidos na zona rural. Pelo menos oito carros ocupados pelos criminosos foram abandonados e alguns destruídos durante o confronto , que culminou na fuga do bando para dentro do mato. Devido aos rastros de sangue encontrados pelos policiais, a dedução é de que vários deles estejam feridos e possivelmente alguns tenham morrido.

Com o reforço das Polícias Civil, Federal, Polícia Rodoviária Federal e tropas do Exército, as forças de segurança promovem verdadeira caçada humana no distrito de Palmeirinha e na região de acesso a Pitanga. Cerca de 200 policiais procuravam pela quadrilha no final da tarde e início da noite de ontem, com apoio de cães farejadores e três helicópteros.

O clima de terror na cidade – Após atirarem nas paredes e vidraças do quartel da PM os bandidos se deslocaram para a região central de Guarapuava , onde atacaram a sede da empresa Proforte e em seguida pegaram três pessoas que passavam pelo local às 22h30 , como reféns. Com a chegada da polícia, por alguns instantes eles usaram como escudos humanos, mas depois deixaram os reféns e fugiram por uma rodovia estadual na direção de Pitanga. Estavam em oito carros, alguns deles blindados. Ao se aproximar do distrito de Palmeirinha abandonaram os caros, trocaram tiros com os policiais e se emprenharam no mato.

Segundo o coronel Hudson Leôncio, os bandidos estavam preparados para a ação. Eles tinham até kits de sobrevivência, com produtos farmacêuticos de socorro médico e mantimentos. A perseguição policial avançou madrugada a dentro e ontem pela manhã as forças de segurança traçavam estratégias para reiniciar a caçada humana, que se deu durante todo o dia. Os bandidos chegaram a montar barricadas nas proximidades do Rio Coutinho, às margens da BR-277.

Os carros abandonados pelas quadrilhas foram parcialmente destruídos e na fuga, a quadrilha deixou para trás muitas armas pesadas, inclusive fuzis e escopetas calibre 12 , que foram deixadas em cima de árvores na área urbana de Guarapuava.

Redação JP
Foto – Reprodução

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