Início Maringá Associação Indigenista de Maringá está em surto de dengue

Associação Indigenista de Maringá está em surto de dengue

A principal entidade que representa a comunidade indígena em Maringá está passando por um surto de dengue. A Associação Indigenista de Maringá (Assindi) divulgou que mais de 20 indígenas estão com sintomas graves da doença e recebendo atendimento médico nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Além disso, quatro pessoas estão com sintomas leves da doença e se recuperam na aldeia.
De acordo com a Secretaria de Saúde, que esteve na manhã de ontem na associação, a região onde fica a Assindi é ponto crítico de casos confirmados. O mapa epidemiológico mostrou que próximo ao conjunto Thais, Ney Braga e BR-376, saída para Paranavaí, a situação é crítica. Ainda na manhã de ontem, os agentes recolheram materiais que podem se transformar em criadouros do mosquito Aedes aegypti, acumulando água.

“Nós coletamos exame de sangue das pessoas com suspeita de dengue na comunidade indígena. Enviamos esse exame para a secretaria de saúde e estamos medicando os indígenas que precisam aqui. Não só aqui que tem a dengue, maior foco é no conjunto Thais com várias pessoas adoecidas, no Ney Braga tem bastante foco de dengue, além da UBS Mandacaru”, disse a médica, Claudia Pontes.

EPIDEMIA
A Secretaria de Estado da Saúde declarou estado de epidemia de dengue no Paraná, o motivo é o aumento exponencial no número de casos da doença. O estado de epidemia significa que já acontece a manifestação coletiva da doença, podendo rapidamente se espalha por contágio direto ou indireto. No Paraná são 80 mil notificações e cinco mortes em decorrência.

O boletim semanal da Sesa, divulgado na terça-feira, informou que há casos notificados de dengue em 365 municípios, com casos confirmados em 287 cidades. O aumento de confirmações, em uma semana, chegou a 39,86%, de 16.560foi para 23.161. As macrorregiões oeste e norte do estado concentram o maior número de casos confirmados de dengue.

Em Maringá, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, são 510 casos confirmados de dengue. O número é diferente do apresentado pela Sesa. No documento estadual são 486 casos. Alguns dados locais são passados posteriormente para os integrantes responsáveis do Estado. A Prefeitura informou ainda que no último mês a quantidade de pessoas buscando atendimento nas UPAs e Postos de Saúde cresceu muito. De 40 pessoas por mês foi para 250.

“O vírus é o mesmo, mas a ocorrência da gravidade da doença depende muito da pessoa. Apesar de termos quatro tipos diferentes de dengue, o que leva a pessoa a um quadro clínico mais grave é a resposta do organismo. Temos que lembrar que a dengue mata e que quanto maior o número de casos, maior as chances de fatalidade. É importante que as pessoas entendam que existe dengue na cidade inteira. É preciso o fumacê nas áreas mais graves e depois em outros locais”, contou a profissional de Saúde.

SINTOMAS
A doutora reforçou sobre os locais onde o paciente pode buscar auxílio em Maringá, levando em consideração os sintomas suspeitos de dengue, chikungunya ou zika vírus. Ao notar sintomas considerados leves, como febre por mais de dois dias, dor de cabeça, desânimo, fraqueza, dor nos olhos, irritação na pele, vermelhidão, vômitos ou náuseas, dor muscular e nas articulações, é necessário buscar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência do cidadão.

“Já em caso de sintomas graves, como manifestações hemorrágicas espontâneas, sangramento em mucosas, dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, pressão baixa causada pela postura, desmaios, aumento de volume do abdômen, sonolência e/ou irritabilidade, diminuição da urina, hipotermia e desconforto respiratório, o paciente pode se direcionar às Unidades de Pronto Atendimento (UPA) Zona Norte ou Zona Sul”, explicou Claudia.

Redação JP
Foto – Reprodução

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