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Onde há desequilíbrio, há inquietação

Os tambores da mudança rufaram. É nas costas de pessoas comuns que se produzem riqueza e poder.

Derrubar um sistema é complicado e revoluções são carregadas de risco. São súbitas, são violentas e quase sempre há uma contrarrevolução, e aqui, não falo de insurgência armada, mas todo tipo de interrupção daquilo que existe.

Ao estudarmos a história, veremos que os colonos americanos só optaram por rebelar após anos clamando por mudanças, implorando por elas. Só em parte foram levados por razões ideológicas. Eles viram sua qualidade de vida e seu bem-estar econômico sofrerem ou ficarem restritos como resultado de um grande desequilíbrio de poder e riqueza. Me parece que aí nasce o tal “sonho americano” que construiu o país no último século.  

Seja na Roma Antiga, em que os líderes se recusaram a oferecer cidadania aos aliados que sofreram para defender Roma ou na história mais recente dos Estados Unidos que poderia ter evitado uma revolução se a Grã-Bretanha apenas afrouxasse as restrições econômicas que impôs às colônias e lhes desse maior representatividade no governo.

É aqui que entra o nosso tema. É nas costas de pessoas comuns que se produzem riqueza e poder. Coloque neste universo, equipes de trabalho, empresas menores, classe média que carrega o país nas costas. Os dados revelam que o sistema atual no mundo beneficia 1%, aqueles que estão no topo. Nós somos os 99%, sem liderança, sem foco.

Os holofotes acesos sobre o fato de que o sistema foi estruturado para beneficiar poucos não está se apagando, está ficando mais brilhante.

Mas queiram ou não, a mudança está vindo. Seja nos negócios ou na política. É assim que funciona o jogo infinito da vida.

No mundo dos negócios você tem muito mais chance de sucesso se errar de vez em quando do que se você acertar sempre. É aí que reside o sair da acomodação, do apelido bonitinho de zona de conforto. Primeiro que ninguém acerta sempre e o erro te faz crescer tanto que você vai ter muito mais chances lá na frente.

Sempre ouvi de meus clientes bilionários que se tivessem somente acertado, talvez não tivessem chegado aonde chegaram. Está mais que evidente de que precisamos de uma nova definição de responsabilidades nos negócios, algo que se alinhe melhor com a ideia de que isso é uma causa infinita.

É aqui que entendemos que DINHEIRO é resultado e não um propósito.  Que as equipes de trabalho e os que lideram essas equipes tenham o sentimento de que seu valor transcende o do dinheiro,  mas que sejam um elo entre resultado e propósito. É aquela história, uma empresa feliz que tenha uma equipe de trabalho também feliz. Isso dá a equipe um senso de pertencimento.

Quando, no início da matéria, eu falo que onde há desequilíbrio há inquietação, buscando na história da independência dos Estados Unidos da América ou da história de Roma Antiga, isso vale como uma causa infinita dentro dos relacionamentos familiares ou no mundo corporativo e mesmo político.

Afinal, desafios entram também no jogo. E desafios extraordinários produzem pessoas também extraordinárias. Para que essa causa infinita continue a existir é preciso levar adiante um propósito, proteger as pessoas e gerar lucro, sem isso não há vida, seja da empresa, do governo ou de uma família.

Se hoje vemos a Rússia, parte da antiga União Soviética, invadindo territórios que acham como seu, desrespeitando o princípio de proteger as pessoas e a ganância de poder e dinheiro, querendo levar a mensagem do comum a todos, que sabemos que não tem nada de comum e sim do interesse de poder de alguns. Isso porque o que sempre gera esse tipo de conflito, confusão, para o bem ou para o mal, é a inquietação como fruto de algum desequilíbrio.

Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!

  • Gilclér Regina palestrante de sucesso, escritor com vários livros, CDs e DVDs que já venderam milhões de cópias e exemplares no Brasil, América, Ásia e Europa. Clientes como General Motors, Basf, Bayer, Banco do Brasil, Grupo Silvio Santos, entre outros…  compram suas palestras. Experiências no Japão, Portugal, Estados Unidos, entre outros países… 5000 palestras realizadas no país e exterior. Atualmente no top 10 dos livros mais vendidos no ranking do Google.
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