Quem atirou conta de um jeito, uma das vitimas conta de outro e o 4º. BPM emitiu nota com uma terceira versão do mesmo fato.
O autor dos disparos efetuados na madrugada de domingo na praça Manoel Ribas, soldado Scherwinski, se apresentou ontem no 4º. Batalhão acompanhado de uma advogada. O fato ocorreu por volta das 3h quando dois frequentadores da Praça Manoel Ribas teriam tentado intervir numa briga de casal, para proteger a mulher que era agredida. O suposto namorado da vítima reagiu à interferência atirando contra os dois homens. Mas na versão do policial, divulgada em nota assinada pela advogada Patrícia Máximo Neiva, seu cliente atirou após ver sua noiva assediada e de ser atacado pelos dois rapazes, que se diziam membros do PCC.
Wellinson Henrique Domingues, de 28 anos, que levou um tiro de raspão na perna compareceu à Delegacia junto com o pai do seu amigo Anderson Gabriel da Silva, de 29 anos, que teve uma perna amputada. Wellinson insistiu na versão inicial de que os tiros foram disparados quando eles tentaram separar a briga para proteger a moça que estaria apanhando do namorado. “Eu e o Anderson somos trabalhadores e dizer que fazemos parte do PCC é uma infâmia”, protestou o rapaz. “Meu filho é um trabalhador e tenho certeza que não fez nada para merecer isso”, disse o pai de Anderson, bastante revoltado com a situação.
Mas ontem o 4º. Batalhão emitiu uma nota oficial com uma versão diferente, inclusive da explicitada pela advogada do policial. Diz o 4º. BPM: “Na madrugada deste domingo (24/04), por volta das 3hr, em um estabelecimento comercial na praça Manoel Ribas, zona quatro, em Maringá, a Polícia Militar foi acionada para atendimento de ocorrência de disparo de arma de fogo. No local foram encontrados 2 (dois) homens feridos por disparo de arma de fogo que foram socorridos pelo SIATE e SAMU. Segundo testemunhas constantes no boletim de ocorrência, dois indivíduos estavam agredindo um terceiro, sendo que este, no intuito de se defender, fez uso de arma de fogo”.
Redação JP
Foto – Blog do Almenara