No próximo domingo será comemorado o dia das mães, uma data que muitos consideram apenas comercial, porque entendem que todo dia devemos homenagear as nossas genitoras.
Confesso que já fui um crítico de certas datas como feriados, mas hoje compreendo e defendo os aspectos comerciais, que levam a geração de empregos, seja com incremento de vendas ou na prestação de serviço de turismo.
Sobre as mães, especificamente, e nem é preciso reprisar que mães são mulheres, é incontestável a importância na vida de todos nós. Sem as mães e pais nenhum Ser Humano sobreviveria. Abro um parênteses, para destacar o fato de mães serem mulheres, ressaltando que o machismo, algumas vezes, leva frases como essa, dita pelo então deputado, Bolsonaro: ‘Eu tenho cinco filhos, os quatro primeiros são homens, no quinto ‘dei uma fraquejada’, e veio uma mulher’. E se todos os homens tivessem apenas filhos do sexo masculino, pergunto eu, ( Akino) ? Em poucos anos a humanidade terrena estaria findada.
Voltando ao título, vejamos comentário que encontramos no Livro Evangelho Segundo o Espiritismo, e complementamos, sobre a passagem evangélica narrada por S. Marcos e S. Lucas, no Novo Testamento, que trata dos deveres de filhos para com os pais: ‘ Sabeis os mandamentos: não cometereis adultério; não matareis; não roubareis; não prestareis falso-testemunho; não fareis agravo a ninguém; honrai a vosso pai e a vossa mãe’. E em Êxodo, 20:1, na primeira parte das escrituras sagradas: ‘ Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra que o Senhor vosso Deus vos dará. (Decálogo: Êxodo, 20:12.)’
O mandamento: “Honrai a vosso pai e a vossa mãe” é um corolário da lei geral de caridade e de amor ao próximo, visto que não pode amar o seu próximo aquele que não ama a seu pai e a sua mãe; mas, o termo honrai encerra um dever a mais para com eles: o da piedade filial. Quis Deus mostrar por essa forma que ao amor se devem juntar o respeito, as atenções, a submissão e a condescendência, o que envolve a obrigação de cumprir-se para com eles, de modo ainda mais rigoroso, tudo o que a caridade ordena relativamente ao próximo em geral. Esse dever se estende naturalmente às pessoas que fazem as vezes de pai e de mãe, as quais tanto maior mérito têm, quanto menos obrigatório é para elas o devotamento.
Honrar pai e mãe, não consiste apenas em respeitá-los; é também assisti-los na necessidade; é proporcionar-lhes repouso na velhice; é cercá-los de cuidados como eles fizeram conosco, na infância.
Dia das mães, dos pais e dos filhos são todos os dias, mas o segundo domingo de maio deve nos fazer refletir sobre a criatura mais importante na existência de todos nós, só pelo fato de gerar os nossos corpos físicos, sem falarmos na alimentação e todos os cuidados nos nossos primeiros anos, sem os quais não sobreviveríamos.
Algunas mães , é certo, descuram de seus deveres e não são para os filhos o que deviam ser; mas, a Deus é que compete puni-los e não a seus filhos. Se a lei da caridade manda se pague o mal com o bem, se seja indulgente para as imperfeições de outrem, se não diga mal do próximo, se lhe esqueçam e perdoem os agravos, se ame até os inimigos, quão maiores não hão de ser essas obrigações, em se tratando de filhos para com mães os pais.
Que neste domingo possamos abraçar, presencialmente ou virtualmente nossas mães, sejam as que nos geraram fisicamente, ou as que nos criaram, guiando e nos ajudando nos primeiros anos da atual existência. Se já retornaram ao Mundo Espiritual, façamos uma oração sincera, com vibrações do fundo da alma, enviando-lhes pensamentos de perdão e pedido de perdão, se for o caso.
Akino Maringá, colaborador
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