Os casos confirmados de dengue em Maringá desde o início do Calendário Epidemiológico, em agosto de 2021, saltaram na última semana de 1.102 para 1.338. Foram 236 casos a mais, um aumento que ultrapassa os 20% em sete dias. Além disso, tem 4,313 casos notificados e, dos confirmados, 114 pessoas apresentam sinais de alarme da doença e dois são graves. Todos esses números colocaram a Cidade em estado de epidemia de dengue.
A epidemia foi declarada levando em consideração o total de habitantes no município. Quando a 300 casos confirmados a cada 100 mil habitantes. O Paraná está nessas condições desde 19 de abril. No último Levantamento de Infestação do Aedes aegypti (Lira), Maringá entrou em risco alto de contágio com 4,8%. O Ministério da Saúde aceita no máximo 1%. Alguns bairros da Cidade estão com o índice acima de 12%.
“Ações de combate à dengue e pulverização do fumacê serão intensificadas em áreas onde a situação é mais crítica, já temos programação para os próximos 45 dias em novas áreas; as principais regiões das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Guiapó/ Requião, Morangueira e Pinheiros, além da Zona 7. Objetivo é eliminar os focos de dengue, trabalharemos com a contenção de surtos e pequenos surtos em outras localidades onde o índice de infestação não é alto, mas preocupante”, afirmou o gerente de zoonoses de Maringá, Eduardo Alcântara Ribeiro.
O boletim epidemiológico confirmou um caso de morte pela doença em Maringá, se trata do jovem Daniel Barbosa Quessada, de 20 anos, que morreu em 14 de abril deste ano. Outro óbito é investigado, o da farmacêutica Giselle Ruggeri Chiuchetta, de 47 anos. Ela morreu no dia 12 de abril após passar dias internada depois de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), segundo a família, em decorrência de uma dengue hemorrágica.
AÇÕES
Para frear o avanço da doença, a proliferação do mosquito transmissor e otimizar o atendimento dos pacientes, a Prefeitura informou que vai intensificar os mutirões, vistorias em domicílios, atividades de conscientização e mudanças no fluxo do sistema de saúde. As ações envolvem mais de 200 pessoas, entre servidores e voluntários. Nos mutirões já foram recolhidas mais de 32 toneladas de materiais inservíveis de quintais e fundos de vale.
“Equipes também têm realizado um trabalho intenso de conscientização nas escolas, ensinando crianças e adolescentes a serem multiplicadores de boas práticas. Maringá, assim como todo o Paraná, está em alerta, e seguimos rigorosos nas vistorias. Combater a dengue é um dever de todos. Não podemos deixar o mosquito vencer, por isso contamos com a colaboração da população”, pontuou o secretário de Saúde, Clóvis Melo.
Ele ressalta que as ações da Poder Público não diminuem a necessidade do apoio do cidadão em manter a organização dos quintais, retirando entulhos e materiais que possam acumular água e se transformarem em criadouros do mosquito.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução