Após longos meses, Gabriel Medina anunciou que voltará ao Circuito Mundial de Surfe a partir da etapa de G-Land, na Indonésia. Fora das competições desde que garantiu o tricampeonato mundial, no ano passado, o atleta volta a surfar profissionalmente após um período em que enfrentou, além de problemas com sua saúde mental, a briga pública com a família e o término do casamento com a modelo Yasmin Brunet.
Medina anunciou ainda no mês de janeiro que iria se ausentar, pois estava esgotado por viver uma “montanha-russa de emoções dentro e fora da água”. Na época, ainda casado, ele recebeu o apoio da então mulher e anunciou que ficaria de fora, inicialmente, das duas primeiras etapas, no Havaí. O tempo de recuperação não bastou e ele não competiu também em Portugal e na Austrália.
Agora, no meio da temporada, é que ele se mostra apto a voltar. E esse retorno só acontece graças a todo o seu prestígio. Exatamente nessa altura do campeonato, acontecerá um corte de atletas e o número de surfistas será reduzido de 36 para 24 homens a partir de G-Land. Porém, como o brasileiro é tricampeão mundial e um dos atletas mais famosos do circuito, ele recebeu um convite da WSL e está confirmado entre os competidores.
Apesar da volta já acertada, a situação de Medina na busca pelo tão sonhado título é bem difícil. Zerado no ranking, ele precisará remar muito — literalmente — para chegar perto de Filipe Toledo e John John Florence, os dois primeiros colocados no ranking, que já têm mais de 20 mil pontos.
Para brigar pelo tetra, o brasileiro precisa estar no máximo na quinta colocação ao fim da nona etapa do mundial, em Teahupo’o, no Taiti, já que só os cinco primeiros disputam a etapa final, em Trestles, nos Estados Unidos, no mês de setembro.
Tarefa difícil, mas não impossível para o tricampeão mundial. Os primeiros desafios de Medina na volta ao circuito são em etapas novas. A primeira parada é em G-Land, na Indonésia. Apesar de o evento ser uma novidade, o brasileiro conhece bem as ondas do país e pode ter alguma vantagem. Na sequência, a disputa é em El Salvador, que estreia na elite do Mundial de Surfe.
A partir daí, o brasileiro competirá em locais em que costuma ter bons resultados. Em Saquarema, no Rio de Janeiro, onde nunca foi campeão, mas sempre vai longe, além de Jeffreys Bay, na África do Sul, onde venceu em 2019, e do Taiti, local em que foi campeão duas vezes, em 2014 e 2018, e é uma de “suas casas” no tour.
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