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O que você vai fazer de diferente esta semana?

O que você tem aí na lista de seus sonhos, de seus propósitos, de mudanças, que vai deixar o campo das intenções para entrar no campo das ações?

Ei… todo mundo sabe o que precisa mudar, mas quase todo mundo não põe em prática a mudança.

Acho graça das pessoas fazendo planos no fim do ano. Algumas até fazem listas. Relacionam o que vão fazer a partir de janeiro. Algumas dizem que vão fazer exercícios físicos; outras falam em dietas; tem aquele que promete ser mais cuidadoso no relacionamento, que vai passar mais tempo com os filhos, com a esposa… Tem também gente que pensa em começar um curso, deixar o carro na garagem e usar bicicleta…

Porém, o tempo passa e nada do que estava no campo das idealizações se torna prática de vida. As mudanças ficam em stand-by e a vida também.

Entenda de uma vez por todas: o que você sabe que deve fazer você precisa começar a fazer.  

“Infelizmente, até e a menos que você desenvolva um senso de urgência emocional em relação ao que precisa fazer, nada será feito”.

Sim, é preciso desenvolver um senso de urgência emocional.

É necessário desejar profundamente um novo modo de agir. É fundamental dizer: “vai ser agora”.

Eu já disse aqui e volto a repetir: você não precisa e nem deve tentar fazer as coisas de maneira apressada e tampouco começar duas ou mais coisas ao mesmo tempo.

Se, hoje, você não dá conta de começar um único projeto, como vai dar conta de tentar tudo de uma única vez?

Então pegue aí sua listinha e diga: vou fazer isso a partir de hoje. Aproveite que é domingo e queira agir em seu próprio benefício.

Defina algo que você sabe que precisa fazer.

Você tem dívidas e precisa encarar os credores para negociar com eles? Faça isso! Comece!

Você tem que reduzir o açúcar para controlar melhor o diabetes? Faça isso! Se usa duas colheres de açúcar para adoçar o chá, use apenas uma. Não resolve totalmente, mas é um começo. Então, faça.

Desenvolver um senso de urgência emocional é ter brio, é ter determinação, é ser sujeito da própria história.

Esse senso de urgência é reconhecer que ninguém vai fazer por você o que você precisa fazer; é admitir que alguns problemas persistem em sua vida, porque você ainda não teve coragem de fazer aquilo que sabe que precisa ser feito.

Mesmo sem admitir, sabemos que algumas coisas não estão funcionando e precisam ser mudadas.

Dias atrás, uma amiga comentou sobre problemas que vem tendo com o marido. Ela praticamente sustenta a casa. Ele tem um projeto profissional, mas não sai do lugar. Faz mais de três anos que ela trabalha praticamente 12 horas, enquanto ele fica em casa aguardando pequenas oportunidades – e estas são insuficientes para pagar as contas.

Já cansada da situação, ela disse que não sabe mais o que fazer.

Você que leu apenas esse trechinho da história já sabe o que tem que ser feito. Ela precisa chegar no marido e ser sincera. Precisa dizer que está cansada, triste e que o marido deve começar a trabalhar de verdade.

Enquanto ela não dá esse ultimato, segue cada vez mais triste, mais distante e mais fragilizada. Na prática, o relacionamento está em xeque.

Lendo uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, vi um comentário que chamou minha atenção. O autor dizia que geralmente as pessoas se enganam sistematicamente. As pessoas sabem quais coisas precisam mudar. Também sabem que estão longe de serem felizes. Sabem que não estão vivendo uma vida plena. Sabem que não estão fazendo o máximo que podem fazer.

Noutras palavras, as pessoas sabem que estão agindo errado, mas não agem para mudar o que está errado.

Ou seja, as pessoas podem entender tudo que não está funcionando no nível intelectual, mas se comportam como se não acreditassem na necessidade das mudanças. Por isso, seguem enganando a si mesmas.

E não adianta saber o que precisa ser feito e não fazer nada. Como a Bíblia diz, a fé sem as obras é morta.

Se não colocar em prática aquilo que você sabe ser o certo, que sabe ser o melhor, sua vida não muda.

Mas isso precisa começar hoje. Esperar o momento certo é a maior de todas as mentiras. Sabe por quê? Porque o momento certo não existe; o único momento certo é agora. Aquele momento certo idealizado – ou seja, com as condições ideais, favoráveis – essa ocasião nunca vai chegar.

Se aquela nossa amiga for esperar o momento certo para falar com o marido, ela nunca vai falar.

Se você for esperar o momento certo de começar a fazer exercícios, você nunca vai fazer, porque nunca vai encontrar tempo, porque sempre vai estar cansado.

Se você for esperar a hora certa de começar um curso, nunca vai começar, porque estará sempre atolado de trabalho, com a cabeça cheia de problemas.

Pegou a ideia?

Hoje é o dia da mudança. A menos que isso entre de vez na sua cabeça e comece a se mexer, continuará vivendo a mesma vida de sempre, com a mesma sensação de fracasso ou de ausência de propósito.


Ronaldo Nezo
Jornalista e Professor
Especialista em Psicopedagogia
Mestre em Letras | Doutor em Educação
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