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Vigilância do Hospital da Criança custa R$ 43 mil por mês à Prefeitura

Dois vigilantes se revezam, em turnos de 24 horas, para fazer a segurança do Hospital da Criança de Maringá desde janeiro. O trabalho acontece sete dias na semana com a utilização de motocicletas. O valor mensal é de R$ 43 mil; o contrato de seis meses foi fechado por R$ 259 mil. Os pagamentos passaram a ser feitos, segundo a Prefeitura, após a entrega das chaves do espaço acontecer de forma imediata e sem aviso prévio. O município explica ainda que o serviço foi contratado sem um edital de licitação porque não houve tempo de abertura, a vigilância era necessária com urgência.

Segundo reportagem produzida pelo jornalista Victor Faria, o documento de dispensa de licitação foi assinado por Marcelo Puzzi, que na época era secretário de Saúde da Cidade. Até o momento não há nenhum outro processo para dar continuidade a prestação de serviço, já que o que está em vigor tem prazo contratual até o fim desse mês. Ou seja, até o momento a vigilância termina ainda em junho.

Em nota, a Prefeitura afirmou ainda que a Guarda Civil Metropolitana realiza rondas preventivas pelo município e não segurança 24 horas de prédios públicos, por isso não foi utilizada a atuação dos agentes. Importante ressaltar que o Hospital da Criança de Maringá segue sem data oficial para inauguração. Em abril, o secretário municipal de Saúde, Clóvis Augusto Melo, disse que “o hospital estará funcionando até o final de 2022. A parte de equipamento já foi comprada, a parte da construção civil já foi feita e o entorno está sendo finalizado.”

O custo total da obra está estimado em R$ 158 milhões e foi dividido entre o município e os governos estadual e federal. A estrutura será composta por 160 leitos, sendo 20 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O atendimento será especializado em doenças raras e procedimentos de alta complexidade em 21 especialidades. Falta definir ainda como será a gestão do hospital, se a unidade será entregue para uma empresa por meio de concessão ou se o próprio poder público vai administrar. O custo mensal para manutenção é estimado em R$ 10 milhões. A cada 10 atendimentos, seis deverão ser pelo Sistema Único de Saúde (SUS), beneficiando moradores de 115 cidades paranaenses.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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