A organização criminosa é suspeita de vender para prefeituras e hospitais cilindros com gás industrial como se fosse medicinal.
As ações de uma organização criminosa que atuava principalmente no Oeste do Paraná vinham sendo investigadas desde 2021 pelo Gaeco, com apoio da Polícia Civil. Por conta da Operação Rarefeito, dezenas de policiais foram ontem às ruas de várias cidades paranaenses e uma catarinense para cumprir mais de 30 mandados de busca e apreensão e de prisão, além de ordens judiciais de proibição de exercício de atividade econômica e indisponibilidade de bens. Os crimes mais comuns cometidos pela quadrilha referem-se a fraude em licitações e adulteração de produtos destinados a fins medicinais. As vítima são principalmente prefeituras, mas diversos hospitais privados também caíram nogolpe.
De acordo com as apurações, uma empresa do ramo de distribuição de oxigênio, localizada em Pato Branco, vendia gás medicinal e entregava gás industrial, que eram usados, por exemplo, em unidades de saúde. A adulteração do produto era feita por meio de transvase entre cilindros. E tudo acontecia sem qualquer autorização dos órgãos responsáveis, e por conseguinte, sem qualquer fiscalização. Além da qualidade os golpistas ganhavam também nos volumes comercializados.
Exatamente por causa das adulterações é que o grupo criminoso oferecia o oxigênio que comercializava a preços bem abaixo daqueles praticados no mercado. Desde o início de 2020, o prejuízo estimado nos contratos firmados com mais de 20 municípios e entidades públicas chega a R$ 750 mil, podendo alcançar R$ 3 milhões caso os contratos em vigor sejam cumpridos integralmente. O mandado de prisão preventiva foi expedido contra o proprietário da empresa distribuidora, que atuava em toda a região Oeste do Paraná, principalmente nos municípios de Dois Vizinhos, Capanema, Palmas, Salto do Lontra , Coronel Vivida e Pato Branco, no Paraná e Galvão, Santa Catarina.
Redação JP
Foto – Umuarama News