O fato inusitado ocorreu na pequena cidade de Pitangueiras a 60 quilômetros de Maringá.
Prefeito de cidade pequena costuma ser pau pra todo obra. É chamado sempre quando um munícipe está em apuros. “Até parto eu já fiz”, costumava dizer Carlos Pagliares, o “Carlão”, prefeito de Uniflor por várias gestões nas décadas de 1980-1990. No caso de Samuel Teixeira, prefeito de Pitangueiras, na região de Astorga, ele atuou quase que como uma equipe de choque da PM, embora ressalte que é sargento da reserva. O prefeito foi chamado por uma família em desespero, que sabia não existir nenhum policial na cidade naquele momento. Era uma moradora que estava sendo agredida pelo ex-namorado, que a sequestrou e a mantinha em cárcere privado.
O prefeito Samuel não pensou duas vezes: se dirigiu ao local e chegando lá tentou convencer o agressor a se entregar. Usando sua experiência de ex-policial conseguiu desarmar o ex-namorado violento, prendendo-o em seguida. “Ele chegou armado na casada família e lá estavam a menina, a mãe dela e o padrasto. No portão, ele chamou pela garota e já começou a efetuar os disparos, três acertaram a residência. Todo mundo ficou muito assustado […] Na sequência, o atirador pegou a menina, colocou ela no carro e a levou até um local. Ali, ele bateu nela e deu várias coronhadas na vítima”, contou o prefeito, que chegou ao cativeiro assim que foi comunicado e lhe informaram o loca exato onde a moça era mantida em cativeiro e sob tortura física.
O caso serviu para o prefeito reforçar o pedido que vem fazendo há meses, para que a Polícia Militar destine pelo menos dois soldados para trabalhar no seu município, desguarnecido desde 2020. “Por causa da ausência da PM, tivemos que contratar seguranças particulares, que não ficam por aqui 24 horas por dia, 30 dias por mês”, explicou o prefeito Samuel Teixeira.
Redação JP
Foto – Arquivo pessoal