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Produtores sugerem aluguel de ar-condicionado para reabertura do Calil Haddad

Projeto inédito acontece em comemoração ao aniversário de 74 anos de Maringá. Artes serão projetadas no período da noite para apreciação em 'drive-thru'

Até o final deste ano não serão realizados espetáculos no Teatro Calil Haddad em Maringá, essa foi a informação passada pela Secretaria de Cultura do município. O motivo é a troca dos equipamentos de ar-condicionado, serviço que deverá custar em torno de R$ 1 milhão. Oficialmente o teatro está fechado desde janeiro deste ano. Ainda segundo a Secretaria, as escolas, que estavam agendadas para a realização de apresentações em 2022, foram avisadas, participaram de reunião e se mostraram compreensivas com a situação. Porém, artistas e produtores estão se mobilizando e mostrando insatisfação em ficarem mais de um ano sem o teatro.

“O problema do ar condicionado entre outros, como iluminação, está com seus dias úteis comprometidos já há alguns anos. Tendo problemas em alguns espetáculos. As escolas e Academias de Dança entre outras atividades artísticas pediram suas solicitações de datas para o decorrer do ano, e tiveram sua confirmação. No início do ano foram avisadas por nosso Secretário atual, Victor Simião, que o Teatro Calil Haddad estaria fechado temporariamente para resolver o problema do ar-condicionado até meados do mês de outubro. Recentemente, a Diretora de Eventos Culturais, Ester Bello, nos comunicou que o Calil estará fechado até o ano que vem. Sem certeza se é para fevereiro, ou março”, disse a bailarina e coreógrafa, Márcia Angeli.

Segundo a coreógrafa, as escolas se organizam em uma grande trama de pessoas ligadas para os eventos, com contratos com pais de alunos, costureiros, cenógrafos, entre outros profissionais. E tudo isso é feito com antecedência. Ressaltou ainda que esse é apenas o prejuízo material. O problema também é “físico e emocional de uma quantidade de pessoas que vivem da cultura e para a cultura.” Quanto ao teatro, ela lamentou a situação e sugeriu, juntamente com outros artistas e produtores, uma forma de solução.

“Todas as gestões vigentes, tem a obrigatoriedade de manter, e conservar nosso patrimônio de forma a atender a população. Nosso Calil foi sendo sucateado, sem reposição. Já foram feitas reuniões três anos atrás sobre isso e nada foi feito. O estrago foi feito. Pensamos a classe artística, que o mínimo é eles locarem um ar condicionado para atenderem a demanda dos artistas locais que lotam nosso Calil com lindas e apresentações de qualidade”, explicou ela.

Márcia continuou cobrando uma resolução ainda e 2022. Reforçou que “o Teatro Calil Haddad é um grande patrimônio Cultural e deve estar sempre em funcionamento. Lembrando que a arte é o alimento da humanidade. É obrigação da Prefeitura vigente oportunizar isso e o mínimo agora é trabalharem para isso. Quando se faz grandes e eventos se loca ar condicionado, assim como é feito na Expoingá. Nossa Cidade tem condições sim de atender os artistas locais, então o que falta? A classe artística exige sim um olhar do prefeito para nosso teatro para ainda esse ano, nem que for para alugarem o ar condicionado.”

De acordo com o secretário, Victor Simião, o período de obras se dá por conta de trâmite burocrático legal. O fechamento do teatro só aconteceu após reuniões com o Conselho Municipal de Políticas Culturais, o núcleo de dança ligado a Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim) e demais produtores. Para fazer orçamento, projeto de licitação e de contratação de uma empresa de engenharia elétrica que execute o serviço, leva um tempo que exige um registro legal. O secretário informou ainda que as escolas que estavam agendadas para a realização de apresentações este ano estão cientes de toda a complexidade do serviço.

“Sobre a locação de um equipamento de ar-condicionado, vamos avaliar o que é possível. Queremos fazer o que for melhor para ambos os lados. O ar-condicionado do teatro é de 1996 e a empresa que fabricou não existe mais e a manutenção é quase impossível. Ao longo dos últimos 10 anos vem dando problema e a manutenção aumenta cada vez mais e isso fica inviável. Ano passado fizemos uma última manutenção e o sinal foi de que o aparelho não funcionaria bem, foi aí que iniciamos uma cotação para comprar um novo ar-condicionado, estudo técnico e afins. Este ano contratamos uma empresa de engenharia elétrica para dar um laudo técnico e estamos nessa fase. Vamos resolver esse problema como temos resolvido uma série de demandas de infraestrutura nos espaços culturais”, concluiu o secretário de Cultura.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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