Realizado desde 1982, sendo interrompido somente durante os anos de 2020 e 2021 por conta da pandemia do novo coronavírus, o Arraiá do Seo Zico Borghi voltará a ser realizado este ano. A festa será nessa semana, quinta-feira, dia 23, na Capela Bom Jesus que fica na Estrada Pinguim. Essa é uma ação em parceria com a Secretaria de Cultura que começa às 18h30, com a saída dos peregrinos do sítio do Seo Zico até a Capela Bom Jesus; na sequência as festividades começam.
No arraiá tem cardápio típico, com pratos doces, salgados e diversas bebidas; além de música ao vivo com o grupo Tercílio Men e Banda. Esse evento é registrado como Patrimônio Histórico Imaterial do Município, uma celebração considerada elo entre presente e passado, que fortalece os vínculos que unem as memórias e identidades dos maringaenses à vida no campo. A festa idealizada por Aníbal Agenor Borghi é em homenagem aos santos do mês de junho, Antônio (13), João (24) e Pedro (29).
De acordo com o autônomo Marcos Borghi, filho do Seo Zico, a maior festa do folclore brasileiro é o São João. E em Maringá o arraiá começou a ficar cada vez mais conhecido devido a travessia na brasa que acontecia à meia-noite. Ele conta que “os anos foram passando e aumentando o número de visitantes. De meia dúzia chegamos a ter mais de 150 pessoas. Tinha vezes que o sítio chegava a ficar pequeno para tanta gente.”
FILME
A festa junina do pioneiro virou filme. O curta ′Arraiá do Seo Zico Borghi: A Festa e a Tradição′, produzido com recursos do Prêmio Aniceto Matti de incentivo à cultura está disponível no canal da Prefeitura de Maringá no Youtube. O filme, com duração de 30 minutos, conta a história do pioneiro Aníbal, cujo arraiá se tornou tradicional com seu apelido. Com a repercussão do primeiro evento, Zico entrou em contato com a Prefeitura de Maringá para conseguir uma locação maior, para atender a demanda de público. O colégio João Gentilin foi palco da festa por um período, mas com devido à popularidade do evento foi transferido para a capela Bom Jesus, onde ocorre a festa atualmente.
O Projeto “Memória”, da Gerência de Patrimônio Histórico, vem ao longo do tempo recolhendo, organizando e disponibilizando para pesquisadores, documentos referentes à história de Maringá. A documentação é dividida nas categorias escrita (recortes de jornais, fichas de pioneiros, textos, revistas, títulos eleitorais, entre outros); oral (entrevistas com pioneiros e moradores diversos), e a iconografia (fotografias, desenhos e cartazes). Existe também o acervo de objetos e quadros pictóricos, expostos periodicamente na sala de exposições do Teatro Calil Haddad.
Victor Cardoso
Foto – PMM
