Além do salário, o que te faz levantar todos os dias e trabalhar na empresa em que você está? Agora, não é apenas o dinheiro que é importante: os funcionários também estão em busca de mais qualidade de vida, flexibilidade e liberdade para trabalhar.
É por isso que as empresas estão cada vez mais apostando neste novo modelo, criando força também como marca empregadora. Essas movimentações importantes acontecem no setor de recursos humanos das melhores empresas hoje.
A questão é: Atrair talentos e usar o salário emocional a seu favor. Mas como? Isso garante saúde no trabalho e caminha junto aos benefícios, senso de pertencimento e de desenvolvimento.
Na hora da contratação, tanto a empresa quanto os candidatos carregam anseios que esperam cumprir com aquele encontro. Para além de uma recompensa financeira no final do mês, existe o desejo de pertencimento, inspiração, criatividade e a tranquilidade de se sentir acolhido dentro das suas individualidades.
Ao alinhar o que a empresa pode entregar que é só dela aos sonhos e possibilidades do candidato, surge o SALÁRIO EMOCIONAL.
É um caminho de mão dupla, não tem jeito: ter clareza do que cada um espera é parte fundamental no começo e a transparência ao longo do caminho vai fazer toda a diferença. Mas tem um trajeto, claro, para chegar até aí, que precisa ser construído dia a dia envolvendo colaboradores. E ele começa no entendimento do valor enquanto marca empregadora para chegar ao salário emocional.
E esse valor está intimamente ligado a empresa enquanto marca empregadora. Trata-se de um conjunto de ferramentas para gerar uma percepção positiva do mercado a respeito da sua empresa como local de trabalho. Quem, por exemplo, não quer trabalhar em uma empresa com o selo Great to Work (melhores empresas para se trabalhar)?
Aqui se concentra tudo o que a empresa UNICAMENTE É. Sua cultura, ambiente, seu pacote de benefícios, seus rituais, seu cotidiano e tudo que ela tem e que mostra o que vive no dia a dia.
É aqui que entra o SALÁRIO EMOCIONAL que atrai e retém os melhores TALENTOS DO MERCADO. Sim, porque mostra ao candidato em questão, tudo que a empresa pode entregar. E ele vai buscar esse PACOTE de acordo com o estilo de vida e o momento da carreira dele – estas demandas podem mudar ao longo da trajetória.
Num primeiro momento pode ser o PLANO DE SAÚDE, um benefício importante porque ele tem dependentes, mas em outros momentos pode ser a liberdade de horários flexíveis ou até home office. Aqui está o início do SALÁRIO EMOCIONAL.
Mas, sem querer ser redundante, o que é mesmo isso? Salário emocional? Ao investir um terço das nossas vidas dedicadas ao trabalho, é importante pensar no que ele nos oferece além do ganho econômico (dinheiro), não? O salário emocional vem para fortalecer isso dentro das organizações, entregando um conjunto de fatores e benefícios que garantem saúde no trabalho.
Algumas demandas mudam com o tempo e empresa e funcionário podem ir alinhando expectativas, reivindicando o que falta para manter a qualidade no dia a dia, para manter um ambiente colaborativo. Aí entram o senso de pertencimento, a autonomia e criatividade, inspiração para desenvolver novos projetos, entender como está o plano de carreira da empresa e se faz sentido naquilo que você acredita ou se existe apoio de sua liderança etc.
POR QUE IMPORTA? Quando o funcionário percebe que a empresa se preocupa de forma genuína com ele enquanto ser humano, ele tende a se sentir mais motivado e reconhecido. Num momento de mudanças e acelerações como o que vivemos, é preciso ter essa segurança emocional para garantir saúde mental.
Acho que com a pandemia, com esse momento onde todo mundo sente que a todo momento tem uma tecnologia nova surgindo, uma função nova, você tem que ser atento, tem que ter novas habilidades do futuro, precisa estar num lugar que se sinta bem, se sinta pertencente, onde veja e sinta o desenvolvimento, saiba o que esperam de você, as expectativas – porque todo mundo realmente quer fazer um bom trabalho. Então essa transparência dentro das relações é muito importante também. E tudo isso vem com a CULTURA.
E como construir uma cultura coerente na sua empresa? Isso envolve um forte trabalho de liderança e de construção de um time. O sucesso é o time que conseguiu se conectar, trazer vulnerabilidades, criar um ambiente seguro, questionar como consegue melhorar e como trabalhar melhor. Assim as pessoas sabem que elas podem ser ouvidas e que ali é um ambiente seguro onde elas podem falar.”
E POR ONDE COMEÇAR? Não tem como negar: Estamos numa guerra de talentos, então é preciso evidenciar qual é o nosso salário emocional. Importante refletir e responder a estas perguntas:Como me comporto como marca empregadora dentro e fora da empresa?O que é único dentro da minha cultura?Tenho o mesmo tom de voz que quero comunicar para o mercado?Estou coerente com as minhas ações e práticas?
O salário emocional é uma base para começar a pensar a MUDANÇA. E, quando eu falo de mudança, é mudança de MENTALIDADE, é você trazer diversidade, é você trazer inclusão, porque isso também é uma parte do salário emocional. E para chegar nesse grau de maturidade, é preciso estudo, sensibilização, planejamento e estratégia. E claro, que as práticas façam parte da cultura.
Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!
- Gilclér Regina palestrante de sucesso, escritor com vários livros, CDs e DVDs que já venderam milhões de cópias e exemplares no Brasil, América, Ásia e Europa. Clientes como General Motors, Basf, Bayer, Banco do Brasil, Grupo Silvio Santos, entre outros… compram suas palestras. Experiências no Japão, Portugal, Estados Unidos, entre outros países… 5000 palestras realizadas no país e exterior. Atualmente no top 10 dos livros mais vendidos no ranking do Google.