A Prefeitura de Maringá apresentou o Plano de Mobilidade Urbana (PlanMob) e o projeto de lei do plano em um encontro realizado no Auditório Hélio Moreira. Depois da primeira Conferência Municipal de Mobilidade de Maringá, o documento será encaminhado para votação na Câmara Municipal. Durante os últimos 36 dias, as equipes trabalharam no Plano de Ação Imediata (PAIT), Caderno de Bicicletas, Projeto de Lei, Caderno Síntese e Conferência Municipal de Mobilidade. O relatório final tem 122 páginas com o resultado das pesquisas de campo, da participação popular nas audiências e do trabalho dos técnicos nas oficinas.
A programação da Conferência contou com a leitura do regimento; apresentação do resumo dos trabalhos desenvolvidos no Plano de Mobilidade; apresentação da minuta de Lei de Mobilidade; grupo de discussão e entrega dos destaques por escrito à Comissão Organizadora; E apresentação, pelo relator, à plenária da Conferência Pública dos destaques propostos por escrito pelos participantes.
“O objetivo é melhorar a vida da população com readequação da paisagem urbana, reduzindo o tráfego de automóveis, desenvolvendo o transporte público, estimulando a locomoção a pé ou com bicicleta, entre outras iniciativas. Juntas, as iniciativas devem reduzir os acidentes e a poluição, entre outras melhorias para Maringá, que já é a melhor cidade do Brasil para se viver”, disse Gilberto Purpur, diretor da Semob.
Purpur destacou ainda o processo de verticalização, que já é observado em algumas regiões do município. Segundo ele, construir prédios habitacionais nos eixos de comércio e serviços diminuiria o trajeto das viagens no transporte público e dos ciclistas pelas ciclovias, além de otimizar a rotina dos moradores, que estariam mais próximos do local de trabalho e com diversos serviços à disposição. Acrescentou que as bicicletas e as ciclovias também estão inclusas no PlanMob, na aba “Políticas para Bicicleta em Maringá”. A intenção é ampliar a malha de ciclovias chegando a 57 quilômetros em 2024.
O documento aponta os projetos, valores e formas de captação de recursos para serem executados até 2033. Ao todo são 28 programas com 153 ações e investimento de R$ 1,4 bilhão em curto, médio e longo prazos. O PlanMob começou a ser elaborado em 2020 pela empresa Cidade Viva, de Belo Horizonte (MG), vencedora da licitação. De acordo com a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), o texto atende às recomendações da Constituição e da Lei Federal 12.587/2012 da Política Nacional de Mobilidade Urbana.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução