Você é capaz de identificar o que consome e que ajuda a formar seus pensamentos, valores, a formar o que você é?
A escritora Susan Anderson afirma:
“Quando você policia as coisas que alimenta sua cabeça, [você] é capaz de identificar seus processos psicológicos e superá-los”.
Se você não faz isso, o que você consome, age contra você.
Gente, a nossa mente funciona de maneira semelhante ao corpo. Tanto o corpo quanto a mente precisam ser alimentados.
As diferenças básicas entre o corpo e a mente é que, primeiro, a mente é alimentada por coisas que não são físicas – ou seja, a gente não pega nas mãos os alimentos da mente; eles são abstratos, estão no campo das ideias. A segunda diferença é que, mesmo que você não faça nada intencionalmente para alimentar a mente, ainda assim, ela é alimentada.
Porém, semelhante ao corpo, a qualidade dos alimentos faz toda a diferença na saúde. O que você consome condiciona a sua saúde emocional.
Por isso, quem não presta atenção no que a mente consome, age contra si mesmo. Destrói a si mesmo. Quem alimenta a mente de maneira desatenta, é assassino de si mesmo.
Como eu disse, a mente vai se alimentar de qualquer forma. E durante todo o tempo do seu dia.
A sua mente começou a ser alimentada quando você abriu os olhos para o mundo. E estudos indicam que, já na barriga da sua mãe, sua mente já estava sendo alimentada.
Quando você acorda e liga o rádio e ouve uma música, o som e a letra da canção dizem coisas para você. Tudo é absorvido, mesmo que não perceba. Não é possível colocar uma tranca para bloquear a sua mente. A única tranca que funciona é a prática intencional de escolher o conteúdo consumido.
O nosso dia inteirinho é como uma mesa imensa, repleta de alimentos; em todo o tempo, estamos nos alimentando e sendo alimentados. Se você não estiver atento ao que está consumindo, estará consumindo de tudo o que tem na mesa.
Por isso, é preciso fazer boas escolhas e, mais, cercar-se de conteúdos que funcionem como bons estímulos, saudáveis. É necessário colocar no seu dia, desde cedo, conteúdos que vão trazer alegria, paz e bons pensamentos.
Diariamente, confesso, que me surpreendo com alguns recados que recebo. Pessoas que enviam vídeos de natureza política, com críticas raivosas, palavras cheias de negatividade… Outros de apologia a uma figura ou outra. E isso já nas primeiras horas do dia.
Sempre que isso acontece, me pergunto: será que essa pessoa não poderia estar consumindo uma crônica inteligente, uma informação que pudesse motivá-la ou, quem sabe, um áudio ou um vídeo inspirador?
Mas não para por aí… Devemos ter a consciência de que, enquanto estamos no trânsito, os outdoors são conteúdos que consumimos, o som ou as notícias no rádio, os posts que lemos ou vídeos que assistimos no Facebook, Instagram, Youtube, Twitter… Tem ainda a TV, tem as falas dos colegas, tem os comentários do chefe… Tudo é alimento para a mente.
E isso vai trazendo estímulos emocionais diversos. Ansiedade, tristeza, medo, desânimo, raiva… Ou ainda, confiança, motivação, determinação, vontade de realizar, de fazer acontecer, crença em si mesmo… Uma postura acolhedora, tolerante, generosa.
Tudo o que devolvemos ao mundo em ações, começa em nossa mente. E é gerado pelo conteúdo consumido nas nossas relações com pessoas, mídias tradicionais ou digitais, coisas que lemos, vemos ou ouvimos.
Por isso, lembre-se da afirmação de Susan Anderson:
“Quando você policia as coisas que alimenta sua cabeça, [você] é capaz de identificar seus processos psicológicos e superá-los”.
Enquanto você não tomar consciência do que consome, das coisas que alimenta a sua mente, a sua vida emocional tem grande chance de ser uma desordem.
Fica a dica: uma mente atenta e preparada seleciona, questiona, rejeita ou acolhe o que está sendo apresentado.
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Ronaldo Nezo
Comunicador Social
Especialista em Psicopedagogia
Mestre em Letras | Doutor em Educação
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