O ex-juiz federal e ex-ministro Sergio Moro anunciou, na manhã desta terça-feira (12), que é pré-candidato ao Senado, pelo Paraná, nas Eleições de 2022, pelo União Brasil.
A pré-candidatura foi oficializada em uma coletiva de imprensa, realizada em um hotel de Curitiba, às 11h.
Moro, inicialmente, informou que poderia concorrer à Presidência. Depois, tentou transferência de domicílio eleitoral para o estado de São Paulo, sem informar para qual cargo pretendia.
O pedido, no entanto, foi negado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) paulista. Na decisão, o tribunal entendeu que Moro, que é do Paraná, não tem vínculo com o estado.
Sem poder concorrer ao Senado, a deputado federal ou qualquer outro cargo por São Paulo, como pretendia inicialmente, nas eleições deste ano por SP, o ex-ministro de Bolsonaro passou a mirar uma vaga ao Senado ou à Câmara pelo Paraná, estado de origem dele.
Em junho, Moro fez uma outra coletiva para tratar da candidatura, mas na ocasião disse somente que pretendia percorrer o estado do Paraná antes de definir o cargo.
Com a definição pela disputa ao Senado, ele pode concorrer a uma vaga junto ao senador Álvaro Dias, um dos “padrinhos” do ex-juiz na ideia de lançá-lo à presidência pelo Podemos.
Isso porque, depois da filiação ao Podemos em novembro do último ano, Moro deixou a legenda e entrou para o União Brasil, partido que escolheu Luciano Bívar como pré-candidato à presidência.
Ainda em junho, ao ser questionado sobre a relação com Dias e a possível disputa entre os dois por um cargo no Senado, Moro classificou a situação como prematura.
“O senador Alvaro Dias é uma pessoa que eu respeito. Tampouco ele está decidido se vai ou não concorrer ao Senado. Então, acho prematuro”, disse à época.
Nesta terça-feira, após oficializar a pré-candidatura ao Senado, Moro não comentou a relação com Dias.
Também no mês passado, Moro disse que não deveria entrar em conflito com o ex-coordenador da Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol (Podemos), caso os dois concorressem ao cargo de deputado federal.
Moro e Dallagnol são considerados pertencentes a um mesmo nicho, com convivência de anos nas ações da Operação Lava Jato.
G1
Foto – Reprodução