Na manhã do dia sete de junho, quem passou pelo entorno do Parque do Ingá percebeu que a pista emborrachada que foi arrastada com a chuva, caindo sob outra parte da calçada, havia sido retirada do local. Agora, o local recebe os maquinários que estão trabalhando para refazer o trecho. Por enquanto a pista está sendo refeita com asfalto; a Prefeitura informou que o material emborrachado só deverá ser recolocado após a conclusão de estudos sobre problemas hídricos.
No momento, de acordo com Gilberto Purpur, diretor da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), trabalhadores trabalham no nivelamento após a retirada da borracha que estava solta. Essa etapa será concluída até sexta-feira. Posteriormente, a partir de segunda-feira, o local será revestido com camada asfáltica. O serviço, realizado em parceria entre a Semob e a Secretaria de Infraestrutura, custará R$ 200 mil para o município. O trecho está interditado, e o passeio está sendo desviado pela faixa de estacionamento.
Com a força das águas, no dia 22 de fevereiro deste ano, um bloco da pista emborrachada cedeu e foi levado pelo alagamento na área, chegando na esquina com a Avenida Laguna. Na época, choveu quase 30 milímetros de água em poucos minutos, o que causou transtornos. A ação faz parte da etapa de recuperação do local que vai além da pista, mas tratar da drenagem urbana.
ESTUDO
Em junho, Pesquisadores do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Maringá (UEM) apresentaram o relatório sobre o Manejo de Águas Pluviais do Parque do Ingá. O documento foi elaborado em parceria com a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico (Fadec), contratada para identificar quais medidas estruturais podem ser adicionadas aos sistemas de drenagem atual na região. Objetivo é promover infiltração da água da chuva e o retorno hídrico no Lago do Ingá.
O trabalho de prestação de serviços, que tem sete atividades de estudo e pesquisas, iniciou em 20 de outubro do ano passado e deve ser concluído até o dia 20 de setembro 2022. O próximo passo é visto como um dos mais importantes porque vai para a prática de ações. Será a construção de dois poços de infiltração para validar a solução modelada e, após validada, “a proposta é de que possa ser
construído, no local e entorno, de 50 a 70 poços de infiltrações para melhorar a questão de drenagem e evitar alagamentos no entorno do Parque do Ingá.
De acordo com Juliane kerkhoff, diretora do Instituto Ambiental de Maringá (IAM), os dois primeiros poços vão custar em torno de R$ 20 mil. Nesse momento o trâmite está em fase burocrática com a procuradoria do município para viabilizar a verba.
Explicou que todas as recomendações serão seguidas para que haja o cumprimento de um plano ambientalmente correto em uma solução de médio e longo prazo.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução
