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Maringá tem o primeiro caso suspeito de Monkeypox, diz Saúde

O primeiro caso suspeito de Monkeypox em Maringá foi confirmado na manhã de ontem pela Secretaria de Saúde do município. Se trata de uma mulher, entre 20 e 30 anos, que apresentou sintomas compatíveis com a doença popularmente conhecida como ‘varíola dos macacos’. De acordo com Maria Jacobucci Botelho, gerente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, ela tem lesões na pele e foi atendida em um hospital privado da Cidade.

“Essa mulher teve contato com uma pessoa de São Paulo, também sintomática. O estado dela é estável e está recebendo tratamento. O tempo para sair o resultado se é positivo ou negativo para Monkeypox depende do Laboratório Central do estado do Paraná (Lacen) que, além de fazer os testes necessários, encaminha as amostras para laboratórios de Santa Catarina e São Paulo. O trânsito demora mais que o resultado em si. Porém, o tratamento clínico já foi iniciado, assim como o monitoramento pela equipe de saúde e isolamento da paciente que deve durar até o desaparecimento das costras das feridas, pode demorar de três a quatro semanas”, explicou Maria Jacobucci.

A gerente destacou que, assim que o caso foi atendido pelo infectologista, o profissional fez a coleta dos exames imediatamente. Ela orientou ainda que ao entrar em contato com alguém com diagnóstico confirmado, apessoa procure ajuda médica. Os sintomas geralmente são parecidos com os de outras doenças, mal estar, febre, calafrio; o diferencial é que aparecem ínguas e manchas na mucosa bucal. Posteriormente aparecem manchas com bolhas e secreção em membros inferiores e superiores. Por isso há o diagnóstico diferencial que deve ser feito imediatamente ao perceber esses sintomas.

“A Secretaria de Saúde já capacitou mais de 200 profissionais da saúde para a detecção e diagnóstico precoce da Monkeypox. Na semana passada foram realizados dois treinamentos e na última quarta-feira mais uma turma foi capacitada. Nós antecipamos esse trabalho antes de registrar caso suspeito. Os médicos e enfermeiros das redes pública e privada e residentes das instituições de ensino de Maringá participaram desse processo com foco na preparação e resposta a uma possível emergência sanitária. Por isso, em caso de suspeita a pessoa deve procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) onde os profissionais estão capacitados para receber os pacientes” frisou o secretário de Saúde, Clovis Melo.

No Paraná foram confirmados seis casos de varíola dos macacos somente este mês, segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Os pacientes são moradores de Curitiba; outros nove casos suspeitos são analisados no Estado. A ‘varíola dos macacos’ é uma doença viral e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas ou objeto recentemente contaminado. A infecção causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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