A Secretaria de Educação de Maringá (Seduc) planeja pagar R$ 167 mil por duas palestras de Bráulio Bessa, “Poesia que transforma” e “A importância da leitura na formação do sujeiro”. Além disso, mais R$ 197.437,50 por uma palestra com o historiador e escritor, Doutor Leandro Karmal. Os eventos farão parte da Semana Pedagógica que tem como objetivo a revisão, atualização, discussão e organização das próximas ações a serem desempenhadas pelos profissionais.
Em um artigo, o jornalista e professor Paulo Vergueiro entende que a Seduc está “desrespeitando o dinheiro público”. Ele defende que as palestras, workshop, painéis para debates e interações com os docentes são fundamentais. Porém, faz o questionamento de qual a contribuição para o ensino municipal ou formação dos profissionais que essas palestras em questão vão trazer. Ele pergunta ainda: quais os parâmetros adotados para a contratação de palestras e cursos em todas as áreas nessa gestão municipal?
“Ao lembrar as dificuldades operacionais da Secretaria de Educação Municipal com relação ao cumprimento de obrigações mínimas, como uniforme e material escolar, me soa estranho tamanho valor de recursos, para fins absolutamente discutíveis.
Esses valores, poderiam ser aplicados em outras áreas mais necessitadas, dentro da mesma Secretaria de Educação? Não há qualquer viva alma, em nossa região que possa contribuir com a Educação em Maringá a valores, minimamente mais acessíveis ao erário público?”, questiona Vergueiro. No texto ele ainda faz um comparativamente com a capacitação que a Secretaria de Saúde promoveu para 200 trabalhadores da área. Na formação que vai auxiliar na detecção e diagnóstico precoce da Monkeypox (varíola dos macacos) foram investidos R$ 4,5 mil. Os dois treinamentos contaram com a médica infectologista Ana Cristina Medeiros Gurgel e a epidemiologista Jussara Titato.
Victor Cardoso
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