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Vaidades nos calendários

Muitos temos a sensação que o tempo está passando muito mais rápido. Parece que foi ontem que o ano começou e já estamos no meio do mês de julho, o sétimo pelo calendário gregoriano, que foi adotado a partir de em 1582, por iniciativa do papa Gregório XIII, antes vigorava o calendário calendário Juliano.

O avanço do calendário provocou-me curiosidades. Uma delas sobre o nome de cada mês , como foram escolhidos e me deparei com vaidades, próprias dos seres humanos. O número de dias do ano baseia-se nos movimentos da Lua e da Terra. O dia tem a ver com o movimento de rotação tempo que o nosso planeta leva para dar um giro em torno do próprio eixo. A semana corresponde à duração das fases da Lua. O mês, ao movimento de translação, passeio da Terra em torno do Sol.

Na primeira versão do calendário romano, o ano passava literalmente mais rápido mesmo, pois tinha 304 dias, iniciando em março (Martius), em homenagem ao deus romano Marte; e terminava em dezembro, época da colheita no clima temperado de Roma.

Eram seis meses de 30 dias e quatro meses de 31 dias. Os nomes dos primeiros quatro homenageavam deuses: Março como Márcio e marciano, deriva de Marte, o deus da guerra. Abril- de aprilis, em homenagem a Vênus, a deusa do amor e da entrega.Maio – nascido no Hemisfério Norte, onde o inverno mata gente, bichos e plantas de frio, maio se identifica com a primavera. As comemorações que se faziam depois da neve revenciavam Maia e Flora — deusas relacionadas ao crescimento de plantas e flores. Junho – Juno, origem de junho, é o nome romano de Hera, a primeira-dama do Olimpo. Defensora incondicional do casamento, a mulher de Zeus se tornou protetora da maternidade, junho a homenageia. Os últimos seis receberam nomes de acordo com números consecutivos em latim, originando meses como setembro (o sétimo mês, correspondente à palavra latina septem, que significa sete.

No ano 45 a.C. foi abolido o calendário lunar ( romano) dos decênviros e adaptou-se o calendário solar, conhecido por Juliano, de Júlio César, mediante um sistema que devia desenrolar-se por ciclos de quatro anos, com três comuns de 365 dias e um bissexto de 366 dias, a fim de compensar, como vigente até hoje. O número de dias eram intercalados de 30 e 31, com exceção fevereiro com 29 e 30 dias.
Originalmente, os meses correspondentes a julho e agosto eram chamados de quintilis e sextilis, respectivamente. Após a morte de Júlio César, a fim de homenageá-lo, quintilis recebeu o seu nome ( julho). Tempos depois, o Senado romano quis prestar uma homenagem a César Augusto, o primeiro imperador romano, dando o seu nome ao 8.º mês do ano( agosto).

Os senadores romanos entenderam que os meses dedicados a Júlio César e César Augusto tinham que ter o mesmo número de dias para que fossem considerados com o mesmo grau de importância. Por isso, augustus passou a ter 31 dias em vez de 30 para se igualar a julius. Com essa alteração, februaris que inicialmente tinha 29 ou 30 dias, passou a ter 28 ou 29, conforme a ocorrência de anos bissextos. Além disso, para que não ter tantos meses com 31 dias seguidos (julius, augustus e september), september passou a ter 30 dias e os meses seguintes intercalaram esse número: october, com 31 dias, november, com 30, e december, com 31.

Assim o ano ficou sendo formado pelos 12 meses na seguinte ordem: martius, aprilis, maius, junius, julius, augustus, september, october, november , december, januaris e februaris, ou seja, começava em março e terminava em fevereiro. No século 16 , o papa Gregório 13 introduziu o calendário gregoriano para corrigir algumas distorções do modelo romano estabeleceu o Ano Novo 1º de janeiro, oficializando a data nos países católicos.

Assim, nos nomes dos meses de julho e agosto, para agradar imperadores, fica demonstrada a vaidade humana. Será que isso tem importância para as Almas homenageadas? A resposta é: nenhuma.

Akino Maringá, colaborador

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