Os dados do terceiro Levantamento de Índice de Infestação do Aedes Aegypti de Maringá (Lira) de 2022 apontam que o índice médio está em 0,6%, considerado risco baixo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o índice abaixo de 1% indica baixo risco de infestação, de 1% a 3,9% é considerado médio e acima de 4% alto risco. Em Maringá, os números se referem ao período de quatro a oito de julho. Lembrando que o período epidemiológico da dengue termina este mês.
O secretário de Saúde, Clóvis Augusto Melo, disse que apesar dos dados serem favoráveis, as ações de combate não devem parar. A maior parte dos criadouros encontrados pelos agentes da dengue ainda estão em domicílios. Em lixos, 39%; barris e tambores, 22%; vasos, 13,6%; e em pneus, 10,2%.
“O índice ficou abaixo, é pouco risco, mas o combate à dengue deve acontecer todo dia. As pessoas precisam tirar um dia da semana para limpar o quintal e interromper o ciclo de criação que é de nove dias. Apesar de estarmos com um índice bom, não podemos baixar a guarda com os cuidados com o descarte de lixo. Estamos vendo que as condições climáticas estão alteradas, frio e calor intercalando constantemente; o mosquito se adaptou a tudo isso e não temos época para cuidar mais ou cuidar menos, deve ser sempre”, disse o secretário de Saúde do município, Clóvis Augusto de Melo.
TECNOLOGIA
Para facilitar e agilizar o trabalho dos agentes de combate a endemias, os trabalhadores passaram a usar tablets durante as vistorias aos mais de 200 mil imóveis. A Secretaria de Saúde entregou 190 equipamentos e iniciou o treinamento com os profissionais, com aulas teóricas e práticas. O novo sistema vai otimizar os atendimentos em campo e promover a centralização dos dados.
“O sistema vai agilizar não só a coleta dos dados, mas também sua inserção na nossa base e a análise das informações, trazendo mais eficiência no combate às endemias, principalmente à dengue. Com essa tecnologia, Maringá se torna a primeira cidade de grande porte a aderir ao uso de tablets e de um aplicativo específico para registro e centralização de dados nas ações de controle e prevenção ao mosquito Aedes aegypti”, explicou Melo.
Destacou ainda que os trabalhos de mutirões de limpeza vão continuar acontecendo no município. As denúncias de possíveis focos do mosquito da dengue podem ser feitas por meio da Ouvidoria Municipal pelo telefone 156, no aplicativo ′Ouvidoria 156 Maringá ou no site da Prefeitura maringa.pr.gov.br. A população pode optar pela denúncia anônima.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução