Início Destaques do Dia Segundo caso de Monkeypox é investigado em Maringá; primeiro foi descartado

Segundo caso de Monkeypox é investigado em Maringá; primeiro foi descartado

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que 11 casos de Monkeypox, conhecida popularmente como varíola dos macacos, estão sendo investigados no Paraná. As suspeitas são em Curitiba (sete), Foz do Iguaçu (uma), Londrina (uma) e Maringá (uma). De acordo com a gerente de epidemiologia da Secretaria de Saúde de Maringá, Maria Paula Botelho, se trata de um homem, entre 20 e 30 anos, que veio do exterior e apresenta sintomas parecidos com o da doença: febre e erupções cutâneas.

“Esse é o segundo caso suspeito no município. Mas é preciso destacar que o primeiro caso, uma mulher entre 20 e 30 anos, que teve contato com uma pessoa de São Paulo com sintomas da doença, foi descartado. O resultado do exame deu negativo. Porém, nas duas situações, as pessoas passaram por médicos que desconfiaram e pediram os testes. Depois disso seguiram em isolamento cumprindo o protocolo quando há suspeita. O vínculo epidemiológico para suspeitar da doença é ter tido contato com algum caso fora da cidade”, explicou Maria Paula.

Ela disse ainda que o tempo para sair o resultado, se é positivo ou negativo, depende do Laboratório Central do estado do Paraná (Lacen) que, além de fazer os testes necessários, encaminha as amostras para laboratórios de Santa Catarina e São Paulo. O trânsito demora mais que o resultado em si. Porém, o tratamento clínico já foi iniciado, assim como o monitoramento pela equipe de saúde e isolamento do paciente que deve durar até o desaparecimento das costras das feridas; o que pode demorar de três a quatro semanas.

A gerente destacou que ao entrar em contato com alguém com diagnóstico confirmado, a pessoa procure ajuda médica. Os sintomas geralmente são parecidos com os de outras doenças, mal estar, febre, calafrio; o diferencial é que aparecem ínguas e manchas na mucosa bucal. Posteriormente aparecem manchas com bolhas e secreção em membros inferiores e superiores. Por isso há o diagnóstico diferencial que deve ser feito imediatamente ao perceber esses sintomas.

“A Secretaria de Saúde já capacitou mais de 200 profissionais da saúde para a detecção e diagnóstico precoce da Monkeypox. Na semana passada foram realizados dois treinamentos e na última quarta-feira mais uma turma foi capacitada. Nós antecipamos esse trabalho antes de registrar caso suspeito. Os médicos e enfermeiros das redes pública e privada e residentes das instituições de ensino de Maringá participaram desse processo com foco na preparação e resposta a uma possível emergência sanitária. Por isso, em caso de suspeita a pessoa deve procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) onde os profissionais estão capacitados para receber os pacientes” frisou o secretário de Saúde, Clovis Melo.

O Paraná soma 10 diagnósticos positivos para a doença, todos registrados na Capital. Os pacientes são homens com idades entre 25 e 38 anos e possuem histórico de viagem ou contato com caso confirmado. No Estado, já foram descartados nove casos nas cidades de Campina Grande do Sul, Cascavel, Curitiba, Maringá, Pinhais, Ponta Grossa e São José dos Pinhais. A ‘varíola dos macacos’ é uma doença viral e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas ou objeto recentemente contaminado. A infecção causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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