Início Policial Agendado o quarto julgamento dos envolvidos no “Caso Sevilha”

Agendado o quarto julgamento dos envolvidos no “Caso Sevilha”

Três pessoas acusadas pela morte do fiscal da Receita Federal  ocorrida há 17 anos em Maringá vão sentar novamente no banco dos réus em outubro.

A morte de José Antônio Sevilha de Souza teve repercussão nacional e recentemente o Sindicato dos Auditores Fiscais (Sindifisco) produziu um documentário de alerta sobre os perigos que fiscais da Receita correm no exercício da profissão. Sevilha foi assassinado no Jardim Novo Horizonte quando saia da casa da sua mãe para  buscar a esposa que acabara de receber alta em um hospital de Maringá. O acusado de ser o mandante do crime é o empresário paulista Marcos O. G., proprietário da Empresa Gemini Ind. e Com., Importação e Exportação Ltda, que também será julgado. Além dele foram quatro indiciados, entre os quais o executor. Mas só  dois sentarão no banco dos réus, já que um está foragido e o outro morreu.

O primeiro julgamento foi realizado em agosto de 2019 , mas acabou sendo dissolvido após seis dias, devido ao fato dos advogados de defesa terem abandonado o tribunal do júri. Em 2020 novo julgamento foi marcado e em seguida cancelado por causa de problemas de saúde com um membro do corpo de jurados. Outro , que seria o terceiro, foi reagendado para o mesmo ano, mas cancelado devido a pandemia. Agora, a Justiça Federal marcou o quarto julgamento para 5 de outubro próximo.

DOCUMENTÁRIO – “Sevilha não foi o único e também não foi o último, mas a esperança de ser feito justiça estava no coração de todos nós. Estamos aguardando até hoje. Que seja feita a justiça”. A manifestação é do auditor fiscal Norival Trantuein, colega de trabalho de Sevilha. A tese de que Sevilha foi morto por causa da sua atuação na Receita Federal de Maringá rendeu um documentário pelo Sindifisco, que alerta para os perigos da profissão no Brasil.

O documentário “Sevilha, em nome do Estado”, está disponível no canal do Sindifisco Nacional no Youtube. Um dos entrevistados é o delegado da PF, César Luiz Busto de Souza, que lembra: “Sevilha era requisitado para investigações intensas e urgentes, dada a sua dedicação e qualificação profissional”. O delegado Fabiano Zanin também falou sobre a segurança das atividades de investigação: “O atentado contra o Sevilha, na verdade, jogou um pouco de luz em alguns questionamentos íntimos que as pessoas que trabalham na área de repressão fazem de vez em quando. Até que ponto nós estamos expostos no trabalho e até que ponto existe segurança.

Redação JP
Foto- CBN

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