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Estoques da Saúde de Maringá estão com falta de medicamentos

A Secretaria de Saúde de Maringá informou que os estoques de alguns medicamentos estão próximos do fim no município. A situação mais complicada é em relação a compra do antibiótico em pó que é administrado em crianças que tem dificuldade em deglutir o comprimido. O antibiótico Amoxiclav já acabou. A Compra foi feita há quatro meses e ainda não foi entregue; previsão é de regularização somente em setembro. No estoque da secretaria só tem Dipirona para os próximos dois meses.

“Desde 2012 atuando na compra de medicamentos, eu nunca vi tanta dificuldade na aquisição e entrega dos itens como está acontecendo atualmente. O grande problema informado pelos laboratórios é que grande parte da matéria prima é importada da China e Índia e há problemas nessa importação. A situação se agravou por conta das consequências da pandemia e da guerra entre Ucrânia e Russia. No caso do analgésico Dipirona os estoques são suficientes para dois meses porque houve compra recente”, explicou a gerente de assistência farmacêutica do município, Larissa de Souza Zanolli.

A gerente conta que alguns medicamentos são adquiridos por meio do Consórcio Paraná Saúde, que atende 398 municípios paranaenses, e espera-se que uma licitação tenha sucesso para compra do Dipirona medicamento em específico. O Consórcio também está com dificuldades em licitações; alguns certames não são concluídos e acabam suspensos. Segundo Larissa, os servidores correm contra o tempo enquanto a Secretaria de Saúde programou quatro licitações para o registro de preços de medicamentos.

“Está acontecendo um trabalho conjunto de todos os lados para que esse problema nacional não se agrave ainda mais no município. O registro de preços vale para 12 meses e cada concorrência tem limite de 30 tipos de produtos. No geral, a lista de medicamentos da rede em Maringá tem 450 itens. Enquanto isso, alguns profissionais receitam medicamentos com alternativas terapêuticas para conseguir atender os pacientes. Mas não são todos os casos que permitem essa manobra”, concluiu Larissa de Souza Zanolli.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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