Início Maringá Justiça indica maus-tratos em asilo interditado em Maringá

Justiça indica maus-tratos em asilo interditado em Maringá

O asilo está fechado e suas proprietárias deverão ser submetidas a um novo julgamento

Dois idosos morreram por causa de abusos cometidos na casa de repouso, que continuará fechada de acordo com decisão da justiça.

Mas o processo deve continuar, agora em outra vara criminal, porque a denúncia do Ministério Público é de que além dos maus tratos teria havido tortura. Entre os idosos mortos estava o advogado Alaor Gregório, que teria sido vítima de maus tratos e agressões físicas , segundo relatou uma ex-funcionária.O Ministério Público denunciou as duas responsáveis   pela instituição (mãe e filha)  por tortura seguida de morte.  Sandra Raquel Kaminski e Larissa Kaminski Huss negaram as acusações de tortura, mas o MP recorreu e o caso foi remetido à 5ª. Vara Criminal de Maringá para um novo julgamento. As 25 testemunhas ouvidas na primeira fase do processo poderão prestar novos depoimentos.

As investigações contra o asilo começaram após a morte de um idoso de 91 anos. A neta dele disse que dias antes de morrer, o idoso gravou um depoimento ,  relatando que tinha sido agredido com socos na cabeça, além de ser asfixiado e  dopado pela proprietária.  “Na data de 5 de julho de 2021, o idoso […] havia sido dopado com medicamentos pelas denunciadas, sofrendo uma queda que resultou na fratura de seu fêmur e, posteriormente, sua morte. No hospital foi constatado que sua higiene pessoal era muito precária, sendo apurado quadro de infecção urinária e sangue na urina”, diz um trecho da ação. Dias depois da morte do homem de 91 anos, morreu Alaor, de 77, em circunstâncias semelhantes.

No caso da morte de Alaor, testemunhas relataram que as proprietárias diziam: “Ele está pagando por ter ajudado muitos bandidos a saírem da cadeia”. O corpo de Alaor tinha muitas feridas, inclusive escaras nas costas, decorrentes, conforme o Ministério Público de maus tratos e das agressões físicas. Na denúncia encaminhada à Justiça o MP destaca que as investigadas podem ter jogado água sanitária nas feridas de pele e dado socos e empurrões na vítima durante os banhos.

Redação JP
Foto – Reprodução

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