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Justiça desclassifica crime de tortura em asilo de Maringá

O asilo está fechado e suas proprietárias deverão ser submetidas a um novo julgamento

Em agosto do ano passado, um asilo de Maringá registrou a morte de dois idosos. O local passou a ser investigado porque houve acusação, por parte do Ministério Público, de maus-tratos e tortura. Essa semana, a Justiça julgou parcialmente procedente a ação movida pelo MP.

A juíza Mônica Fleith entendeu que não ficou demonstrada a prática de tortura. Já sobre a prática de limpar feridas com água sanitária, o que houve com uma vítima, a juíza considerou grave, mas teve dúvidas “De todas as agressões relatadas, entendo que a mais gravosa refere a situação de limpar a escara de seu Alaor com água sanitária, o que foi relatado por duas testemunhas. Porém, avaliando-se todo o contexto dos acontecimentos, há dúvidas se a intenção da acusada era causar sofrimento intenso ou castigar a vítima. Acredito que todas as situações expostas colidiram com a ação de tentar curar a ferida do idoso de forma totalmente inadequada e inaceitável, com água sanitária, babosa e açúcar, talvez por seguir ‘conhecimento popular”, diz a sentença.

Agora, o delito de maus-tratos ficará de competência do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e Vara de Crimes contra Crianças, Adolescentes e Idosos da Comarca de Maringá. Os autos serão remetidos ao juízo para conhecimento e julgamento.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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