A região norte de Maringá é a área onde normalmente os escorpiões mais aparecem. Nesta época do ano é ainda mais comum o aparecimento e possíveis acidentes com os peçonhentos. Os bichos gostam de ambientes úmidos e fechados. Somente este ano, até o mês de julho, foram 135 acidentes com escorpiões no município; em 2021 inteiro foram 255 acidentes.
“Os animais se escondem em frestas de paredes ou pisos, galerias de esgoto, tubulação hidráulica, caixa de passagem da parte elétrica, entre outros locais. Importante vedar esses locais, além de ralos com telas. A cada ano percebemos o aumento de ocorrências; primeiro que as pessoas estão mais atentas, segundo que os escorpiões vão se adaptando a novos locais”, alertou Eduardo Alcântara Ribeiro, gerente de zoonoses.
Em caso de ataque, a orientação é que a vítima procure atendimento médico nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Ao longo dos últimos dois anos todos os casos evoluíram para cura. Somente três pacientes no ano passado, e dois este ano precisaram receber o soro. O tratamento não é para todas as pessoas, há uma avaliação médica porque existem efeitos colaterais do medicamento. O escorpião amarelo (Tityus serrulatus) é mais comum no município e a picada pode provocar reações mais graves, principalmente em crianças. Já o escorpião preto tem uma picada menos dolorida e com chances menores de complicações.
Ao encontrar o animal, deve-se entrar em contato com a Ouvidoria da Saúde (160). Se possível, capturar de forma segura o escorpião e colocar em um frasco. Quando morto, adicionar álcool para conservar e levá-lo para que seja identificado e facilite o atendimento. Ações preventivas do município seguem rotineiramente com equipes específicas de combate, além de agentes ambientais treinados para apoio. Mas, o auxílio do cidadão em adotar medidas simples, é indispensável.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução
