A Secretaria de Proteção e Bem-Estar Animal criou uma rede de apoio para auxiliar no cuidado com os animais acolhidos pela protetora Maria Helena Ferreira. Há muitos anos, essa mulher de 55 anos, garante alimentação, cuidado e muito carinho para os animais em situação de rua. Para que esse serviço continue sendo feito, mesmo diante dos problemas de saúde da Helena e as dificuldades durante a pandemia, no próximo sábado acontece uma feirinha de adoção especial.
“Queremos encontrar novos lares para os cães da Dona Helena. Ela os considera como filhos, mas pelas condições de saúde não têm mais como cuidar deles. Precisamos de lares que possam oferecer amor e proteção a esses animais, assim como ela fez durante todos esses anos. A feira será no sábado, 13, das nove às 15 horas, no Parcão. Serão 20 animais disponíveis para adoção”, destacou o secretário de Proteção e Bem-Estar Animal, Marco Antônio de Azevedo.
Ainda no sábado, o município lança a nova funcionalidade do aplicativo Petis, a feirinha online de adoção, com os animais da protetora. Quem se interessar poderá adotar os cães pelo aplp. Na plataforma, o usuário acessa e visualiza fotos dos pets. Num geral, os tutores vão cadastrar os bichinhos e receberão a solicitação que há alguém interessado. Depois de analisar o pedido, no próprio aplicativo, poderá transferir o pet para o novo tutor, se assim acordado.
“A nova funcionalidade amplia os serviços disponibilizados para a comunidade. O aplicativo é mais uma ferramenta inovadora que aproxima os serviços da população. A iniciativa também facilitará o processo de doação ou adoção de animais. O app Pets foi criado em 2019 a partir de um edital de inovação. Desde então o número de procedimentos aumentou em mais de 100%. Já foram realizadas mais de 27 mil castrações desde 2017 no município e o serviço foi ampliado depois da criação da ferramenta”, complementou Azevedo.
MARIA HELENA
Nos últimos meses, os problemas de saúde da Maria Helena se agravaram e ela chegou a ficar internada por vários dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A protetora chegou a cuidar de 84 cachorros em casa. Desde o início da rede de apoio organizada pelo município, 12 já foram adotados. Atualmente, são 72 cachorros abrigados no quintal da casa, todos castrados e vacinados.
“Sei o nome, a história, a forma de comer e de dormir de cada animal. É como um amor de mãe, não tem como não ser assim. Ou você cuida com amor e responsabilidade ou você não cuida. A intenção nunca foi ficar com todos os animais, mas sim resgatá-los para conseguir um novo lar. Abrigo bom é abrigo vazio. Para o abrigo estar vazio, precisamos que as pessoas colaborem com a gente e adotem”, disse a protetora Maria Helena.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução