As ‘ruas acalmadas’ são tachões de sinalização instalados em cruzamentos de ruas. Na Zona 2 de Maringá a medida foi implantada em algumas vias com o objetivo que os motoristas respeitem o limite de velocidade. Porém, a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) vem recebendo reclamações por parte dos moradores. A queixa é que os motoristas não estão respeitando a sinalização e os acidentes continuam acontecendo nos cruzamentos do bairro.
“Muitas pessoas se acostumaram a passar por esses locais da forma errada e continuam. As motos, por exemplo, conseguem passar entre os taxões e não tem necessidade de diminuir a velocidade. Mas também tem motoristas mais habilidosos que não diminuem a velocidade e chegam a fazer manobras, como se estivessem em uma pista de corrida. O fato é que estamos tentando, o que falta é a conscientização dos condutores. Até mesmo as lombadas não resolvem porque muitos carros tem tecnologia para passar sem sentir o impacto, enquanto motociclistas usam até para empinar. Nada vai resolver se o ser humano não mudar o pensamento na hora da condução”, disse Gilberto Purpur, diretor da Semob.
Segundo o secretário uma saída seria a instalação de radares em alguns pontos. Tendo em vista que os equipamentos estão trazendo números positivos para o trânsito da Cidade. Nas avenidas monitoradas, de janeiro a junho deste ano, houve uma redução de 41% nas autuações. Isso num comparativo com o mesmo período do ano passado. Outra saída seria fazer o comportamento do motorista pesar no bolso. Todavia, tem veículos que acumulam multas em não respeitar a sinalização.
“A Semob vai continuar instalando as ‘ruas acalmadas’. Na Zona 4 também foram realizadas. A medida atende demanda de moradores do bairro que participaram de audiências públicas e solicitaram melhorias para garantir a segurança no trânsito. É uma maneira que temos, pelo menos na teoria, dO motorista que está na preferencial ser forçado a reduzir a velocidade e isso diminui o risco de uma batida ao cruzar com as ruas perpendiculares. Por isso, mais uma vez fica o reforço para que os motoristas mudem o hábito”, concluiu Pupur.
Victor Cardoso
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