Representantes da Rede Mulher, titular e suplente, de 20 entidades foram empossados em Maringá. Instituída pelo decreto nº 1644/2021, a Rede refere-se ao atendimento, prevenção e enfrentamento à violência contra as mulheres do município e região. O objetivo é a elaboração de fluxos de atendimentos compatíveis com os órgãos que garantem o acolhimento especializado e humanizado; assim como segurança, saúde, educação, assistência social e justiça. Várias secretárias estarão juntas com ações que protejam a integralidade da mulher em situação de violência.
“A rede tem três eixos: prevenção, enfrentamento e atendimento. É composta por todos os serviços especializados que trabalham com todas essas frentes, escutando, abrigando e dando aporte para as mulheres em violência domiciliar e/ou de gênero. Objetivo é acabar com a violência contra a mulher, através de iniciativas que discutam o assunto. Também haverá articulações entre as diversas entidades. O Conselho Tutelar vai colaborar com a troca de informações. Afinal de contas, o trabalho também vai chegar até as crianças, os filhos que também sofrem algum tipo de agressão”, complementou a Conselheira Tutelar, Lia Chicoski
A secretária da Mulher, Terezinha Pereira, reforçou dizendo que já são realizadas ações preventivas e de enfrentamento. Porém, a Rede não era articulada e nem institucionalizada pelo Executivo via decreto. Agora, haverá reunião mensal para tratar de serviços e promoções específicas.
Fazem parte da Rede Mulher as secretarias: da Mulher, Saúde, Educação, Assistência Social, Juventude e Cidadania, Trabalho e Renda e Segurança. Também integram o grupo a Promotoria de Justiça, Ordem dos Advogados do Brasil, Procuradoria da Mulher da Câmara, Núcleo Maria da Penha, Delegacia da Mulher, 4º Batalhão de Polícia Militar, Conselhos Tutelares Zona Norte e Zona Sul, Conselho Municipal da Mulher, entre outros órgãos.
No dia do lançamento da Rede Mulher foi realizada uma palestra com a especialista em gestão de políticas públicas e violência contra a mulher, Aparecida Gonçalves. Ela parabenizou Maringá pelo serviço e enfatizou a importância de ações do tipo. Ressaltou que “Maringá é uma das poucas cidades que têm uma Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres, tendo a capacidade de mobilizar, articular e executar ações relevantes”. Ela finalizou dizendo que “se queremos eliminar o feminicídio e erradicar a violência contra a mulher, precisamos prestar atenção em quem está morrendo e como.”
Victor Cardoso
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