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Menina de 9 anos teria sido mantida viva ao lado do irmão morto

O assassinato de duas crianças em Guarapuava, que provocou grande revolta na população, ganhou mais um ingrediente de perversidade na manhã de ontem. A mãe que matou a filha enforcada e o filho de três anos asfixiado com um travesseiro, teria mantido a menina de 9 anos viva, sentada ao lado do irmãozinho morto. A conclusão da polícia é respaldada nos laudos do Instituto Médico Legal, que aponta que o garotinho foi morto algumas horas antes da menina.

Os corpos estavam sobre a cama da mãe e de acordo com os laudos, as crianças estavam mortas há mais de 10 dias quando a Polícia Civil entrou no Apartamento , alertada pelo advogado que cuidava da pensão alimentícia delas. A mãe foi encontrada sentada sobre o braço do sofá da sala e quando recebeu ordem de prisão confessou o crime mas tentou se safar dizendo que teve um surto psicótico.

A delegada Ana Hass continua duvidando do surto e disse acreditar, com base nas evidências, que o crime foi premeditado. Uma das evidências está no fato de que a mulher, de 30 anos, escreveu cartas durante o tempo que ficou no apartamento com as crianças mortas, em cujos textos ela parecia ensaiar desculpas para justificar o assassinato dos filhos. Ela se queixava que o pai pagava uma pensão de R$ 3 mil por mês mas era ausente e que a família dele não a ajudava no processo de criação das crianças.

 “Esse caso não é nada comum, é bem assombroso, o que nos leva a crer que ela é uma pessoa extremamente fria, até porque ficar com um cadáver de quem quer que seja dentro de um apartamento, até por questão de odor, o apartamento estava sujo, com bastante sangue, ela só limpou a parte que estava habitando. Tudo leva a crer que ela estava levando a vida na normalidade, estava com o sofá cama montado, o banheiro estava sendo utilizado normalmente e ela estava trabalhando em casa.”, disse a delegada,  acrescentando:

 “Analisando o histórico dela, ela altera muito o comportamento, finge comportamentos e a máscara sempre cai, então ela muda muito de lugar. Já passou por várias cidades de Santa Catarina e agora  veio  para o Paraná. Ela fez duas cartas, uma de oito páginas e uma de três. O pai da menina é falecido, mas ao que tudo parece que ela tem rancor do pai do menino.”

Redação JP
Foto – Reprodução

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