Os profissionais de enfermagem de Maringá não aderiram à paralisação nacional da categoria que cobra o reajuste no salário-base dos trabalhadores. Porém, vem realizando mobilizações para mostrar a indignação com o assunto. Na manhã de ontem, enfermeiros e técnicos de enfermagem realizaram um ato na Praça Raposo Tavares. O Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar) apoiou a ação do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Maringá e Região (Stessmar).
“O pessoal está revoltado porque já era lei. Estamos fazendo uma comoção, mostrando para a população a necessidade desse piso que já foi aprovado. O valor estipulado ainda é pouco para o profissional tão importante nos hospitais. A nível nacional houve paralisação, em Maringá não aderimos ainda a greve por amor a comunidade que precisa do atendimento. De qualquer forma vamos realizar mobilizações”, explicou a presidente do Stessmar, Edna Fernandes Lima Ferreira.
Edna reforçou que a lei que garante um salário-base para profissionais de enfermagem entrou em vigor em agosto, mas foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal pela falta de verbas das instituições para arcar com o reajuste do piso salarial. O reajuste daria um piso de R$ 4.750,00 para enfermeiros; R$ 3.325,00 para técnicos de enfermagem; e R$ 2.375,00 para auxiliares e parteiras. A suspensão da lei está valendo por 60 dias.
De acordo com a Agência Brasil, o Senado está analisando propostas de soluções orçamentárias para aplicação do piso salarial da enfermagem. O Projeto de Lei permite que estados e municípios realoquem recursos do combate à Covid-19 para outros programas na área da saúde, o que pode viabilizar o pagamento do piso.
Victor Cardoso
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