Desde a noite de terror vivida pela população de Guarapuava em abril a polícia já prendeu e matou em confronto direto quase todos os membros da quadrilha.
A última megaoperação desencadeada no Paraná, São Paulo e Santa Catarina ocorreu nesta terça-feira, quando mais de 500 policiais cumpriram mandados judiciais em 10 cidades paranaenses, inclusive Maringá, onde um homem foi preso. De acordo com balanço divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná, mais de 40 homens armados participaram da tentativa de assalto a uma empresa de transportes de valores, que culminou em um policial morto, outro ferido e alguns moradores de Guarapuava feitos de escudos humanos. Todos bandidos fugiram, mas 24 foram recapturados e oito trocaram tiros com as forças de segurança do Estado e morreram. Pelos cálculos da Secretaria, apenas três continuam foragidos.
A megaoperação de terça-feira foi realizada simultaneamente emCuritiba, Campina Grande do Sul, Fazenda Rio Grande, São José dos Pinhais, Maringá, Mandirituba, Ortigueira, Pinhais, Tibagi e Piraquara, no Paraná; Piracicaba, Hortolândia, Embu-Guaçu, Campinas, São Bernardo do Campo, Itatiba e Itapecerica da Serra, em São Paulo e Barra Velha, em Santa Catarina. Foram mobilizados nos três estados, mais de 700 policiais, que prenderam ao longo do dia, 17 suspeitos e em confronto direto mataram três. Segundo o delegado da Polícia Civil, Alisson Henrique de Souza, o trabalho para prender os envolvidos no crime segue: “As investigações irão continuar. Nós temos que destacar a participação do Ministério Público e do Judiciário, que prontamente atenderam nossos pedidos”. A operação reuniu a policias Civil, Militar e Científica do Paraná e apreendeu muitas armas e explosivos.
As polícias do Paraná identificaram os membros da organização criminosa após intensos trabalhos e investigações de alta complexidade. Durante as diligências, foi apurado que os criminosos se uniam para concretizar o crime a partir do domínio do município, fechando os acessos das cidades e agindo com violência e armamento pesado.
A organização criminosa alvo da megaoperação é responsável ainda por outros roubos em Campina Grande do Sul, Cerro Azul, Lapa e Quitandinha, no Paraná; Criciúma, Araquari e Blumenau, em Santa Catarina, Araçatuba e Ourinhos, no estado de São Paulo e em Itajubá, Minas Gerais. A tentativa de assalto em Guarapuava ocorreu em abril, quando os bandidos fecharam as entradas da cidade e além da empresa alvo atacaram também o quartel da Polícia Militar na cidade. Dois policiais foram atingidos quando saiam para enfrentar o bando. O sargento Ricieri Chagas levou um tiro na cabeça e morreu.
Redação JP
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