As urnas eletrônicas que serão utilizadas na votação em Maringá estão prontas. Na manhã deste sábado houve o processo de lacração dos equipamentos, quando as informações dos candidatos e eleitores são gravadas. O procedimento aconteceu na 137ª Zona Eleitoral, no Fórum Eleitoral de Maringá, e foi aberto ao público; isso garante ao eleitor que o voto registrado seja computado de forma segura.
Na tarde de ontem houve o processo chamado geração de mídia. Primeiramente, a gravação dos dados é feita em flash cards que, depois de analisados, foram lacrados nas urnas das 297 seções da Zona Eleitoral 137. Segundo a chefe de cartório, Eliane Berbete, depois que o programa é feito e lacrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é distribuído até chegar nas zonas eleitorais.
“A geração das mídias consiste na gravação dos dados de eleitoras e eleitores da seção e dos nomes e fotos das candidatas e candidatos em cartões de memória. Em seguida, esses cartões são utilizados para dar carga, isto é, para inserir os dados referidos em cada uma das urnas eletrônicas. Por fim, as urnas recebem lacres produzidos pela Casa da Moeda e assinados pelo juiz eleitoral, ficando prontas para serem utilizadas nas eleições. Representantes da Ordem dos Advogados (OAB), Ministério Público e dos partidos participaram da cerimônia e verificaram cada etapa”, explicou Eliane.
No início desse mês, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, desembargador Wellington Coimbra de Moura, participou da 1ª Jornada de Direito eleitoral, Democracia e Cidadania. Evento que foi realizado no auditório da Ordem dos Advogados (OAB) em Maringá. Durante a participação falou sobre o trabalho do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para combater fake news, que se tornou um dos maiores desafios das eleições.
“Estamos indo ao interior do Estado mostrando nosso trabalho junto a Justiça Eleitoral e tirando dúvidas sobre o funcionamento das urnas e todo o processo eleitoral. Isso para que as Fake News não atinjam o eleitor paranaense que merece votar dignamente, sem nenhuma dúvida. Vamos combater a desinformação que tanto atrapalhou o processo na última edição das eleições. O remédio para isso é a informação e nosso trabalho é de forma preventiva, mostrando a verdade que evita violência. A Fake News provoca e promove violência verbal e até física. Sempre vamos discursar a favor do diálogo, do debate de ideias, mas sem notícias falsas”, disse o desembargador na oportunidade.
Entre janeiro e julho de 2022, o Paraná teve o registro de 9.181 atas notariais, instrumento que serve para documentar crimes virtuais, como calúnia, injúria e difamação. O dado foi revelado em um levantamento do Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB-CF), entidade que representa os Cartórios de Notas do País. São registros que se intensificam com a proximidade das eleições por conta das Fake News.
ELEITORES
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, Maringá esperava cerca de 7 mil novos eleitores este ano, mas o número ultrapassou a estimativa. Dados apontam que foram 9 mil títulos de eleitores tirados para as eleições. No município, de acordo com o analista judiciário do Fórum Eleitoral, Julian Oscar Nascimento, serão 294 mil votantes. O eleitorado subiu 5,45% em comparação com as eleições de 2020, que teve 279 mil eleitores aptos. Todavia, como já aconteceu em anos anteriores, o analista diz que nem todos vão para as urnas. Maringá deverá contabilizar cerca de 250 mil votos e, pelo menos, 20% de ausentes.
O relatório informou ainda que 1.993 eleitores de outros municípios brasileiros escolheram Maringá como opção para votar. São pessoas que estarão no município e optaram por votar em um dos locais direcionados para o voto em trânsito: o Colégio Paraná ou o Colégio Interação. No Paraná são 19.703 eleitores que fizeram o requerimento para o voto em trânsito.
Victor Cardoso
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