A Secretaria de Saúde alerta a população sobre os cuidados para prevenção da sífilis, infecção bacteriana transmitida por relação sexual sem preservativo com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou parto. A Cidade registrou 186 casos de sífilis no primeiro semestre do ano, sendo 146 homens e 40 mulheres. Os casos são observados, principalmente, em regiões universitárias. A maior incidência de casos de sífilis é em homens entre 19 e 39 anos; prevalência de 78,5% dos casos. No ano passado, Maringá registrou 402 casos de sífilis, enquanto em 2020 foram 373.
Conforme levantamento da Vigilância Epidemiológica, a região da Unidade Básica de Saúde (UBS) Zona 7 foi a que mais registrou casos de sífilis em Maringá, com 15 notificações. Em seguida, está a Policlínica Zona Sul, com nove casos da doença. Na sequência, aparece a Zona 6, também com nove casos, e as UBSs Universo e Morangueira, ambas com sete notificações. Apenas as UBSs Floriano e Céu Azul não registraram casos de sífilis.
“O uso de preservativo é a medida mais importante de prevenção da sífilis. O uso de preservativo impede não só uma gravidez indesejada, mas também doenças sexualmente transmissíveis, como é o caso da sífilis e do HIV. Como a sífilis primária é mais discreta, com o surgimento de úlceras ou feridas que acabam por desaparecer posteriormente, as pessoas acabam não procurando atendimento médico. É muito importante que a população esteja atenta a qualquer sinal, principalmente se este surgir após a relação sexual sem proteção”, explicou a gerente de epidemiologia, Maria Paula Botelho.
A Sífilis pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (primário, secundário e terciário). A sífilis primária, consiste em pequenas feridas nos órgãos genitais que podem desaparecer de forma espontânea, além de gânglios e ínguas na região da virilha. A secundária faz com que manchas vermelhas apareçam na pele, na mucosa da boca, nas palmas das mãos e também nos pés, além de febre, dor de cabeça, mal-estar e linfonodos espalhados pelo corpo.
A sífilis terciária compromete o sistema nervoso central e o sistema cardiovascular, causando inflamação da aorta, além de lesões na pele e ossos. Em casos de sintomas ou suspeita, a orientação é procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. No caso de gestantes, a infecção por sífilis pode colocar em risco a saúde da mulher e, além disso, pode ser transmitida para o bebê. O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal pode prevenir a sífilis congênita.
Redação
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