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Caso Sevilha – acusados de matar fiscal, vão novamente ao banco dos réus

Será a terceira vez que os acusados sentarão no banco dos réus. Nas duas vezes anteriores as sessões do tribunal o júri foram suspensas por motivos diferentes, como a saída  dos advogados de defesa durante os debates com a Promotoria Pública, no julgamento de agosto de 2019. Um ano depois houve outra tentativa de julgamento que novamente não foi concluída. O julgamento de hoje no Fórum da Justiça do Trabalho de Maringá ocorre 17 anos depois do crime .

Em 29 de setembro de 2005 o auditor fiscal da Receita foi morto a tiros quando saia da casa de seus pais no Jardim Novo Horizonte para ir buscar a esposa que havia recebido alta do hospital. José Antônio Sevilha foi surpreendido por homens armados que o executaram  com vários tiros. Foi um crime encomendado, como mostraram as investigações da Polícia Civil. O mandante, que também será julgado hoje, teria sido o empresário Marcos Gottlieb, proprietário de uma empresa importadora de brinquedos e que estava sendo fiscalizada pelo auditor. Inclusive, Sevilha já havia aplicado cerca de R$ 100 milhões em multas contra a Importadora Gemini.

Poucos dias depois do crime a Polícia Civil de Maringá chegou até Marcos, que foi indiciado como mandante. Sevilha havia constatado que a empresa do suspeito realizava importações de brinquedos que chegavam pelo Porto de Paranaguá e sobre os quais não pagava os impostos devidos. A mercadoria vinha até Maringá e daqui era despachada para distribuidoras do grupo no interior de São Paulo. O Sindifisco nacional (Sindicato dos  Auditores Fiscais) vem acompanhando o caso desde o início das investigações e pedindo justiça em nome da categoria. Hoje não será diferente. Entre os três réus estará sendo julgado o empresário Marcos Gottlieb.

Redação JP
Foto – Reprodução

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