O julgamento dos envolvidos no crime do auditor fiscal ocorrido há 17 anos começou no dia 5 e só terminou na madrugada do último sábado, 22
O Tribunal Regional Federal da 4ª. Região, com sede em Porto Alegre , reconheceu ontem que o julgamento dos assassinos de José Antônio Sevilha, ocorrido em 2005 em Maringá, foi o mais longo da história da Justiça Federal do Brasil. Foram 18 dias de julgamento, realizado no Fórum Trabalhista. Antes, o tribunal do júri havia se reunido em duas oportunidades na sede da Justiça Federal de Maringá, em 2019 e 2020. O primeiro júri foi suspenso porque os advogados de defesa se retiram do plenário e o segundo, porque um dos jurados teve problemas de saúde durante os debates.
José Antônio Sevilha era o chefe do setor de Controle Aduaneiro da Receita Federal em Maringá quando foi assassinado no Jardim Novo Horizonte, logo após deixar a casa do seu pai para buscar a esposa que estava de alta em um hospital da cidade. O atirador, Fernando Renea, foi condenado a 32 anos de 8 meses de cadeia em regime fechado. O suposto mandante, Marcos Gottlieb , empresário do ramo de importação, pegou 30 anos, também em regime fechado. As sentenças foram proferidas pelo juiz Cristiano Aurélio Manfrim. De acordo com as investigações , o crime ocorreu logo após o auditor aplicar uma multa em Marcos no valor de R$ 100 milhões.
Algumas curiosidade sobre o julgamento
A primeira testemunha a depor foi o Delegado da PF, Ronaldo Carrer. O depoimento dele durou 5 dias;
Os depoimentos dos três réus tiveram 6 dias de duração;
A leitura dos processos consumiu dois dias;
Ao todo, foram 50 mil páginas lidas e 208 arquivos digitais analisados durante o processo, de acordo com um advogado de defesa.
Redação JP
Foto – Arquivo JP