O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) segue julgando o pedido da perda de mandato do vereador Flávio Mantovani. O processo foi gerado quando o parlamentar migrou do partido Rede para o Solidariedade durante a janela partidária das eleições 2022. Dessa forma, o suplente do vereador, Adriano de Oliveira “Bacurau”, pede a cadeira de Mantovani na Câmara Municipal.
O relator, desembargador Fernando Wolff Bodziak votou favoravelmente à perda do mandato de Flávio Mantovani, argumentando que houve infidelidade partidária. A mesma posição é defendida por Bacurau. O advogado de Adriano Bacurau, Adriel Simoni explicou, em entrevista para a Rádio CBN Maringá, que a cadeira pertence não ao parlamentar, mas ao partido.
“Ao abandonar o posto em 2022, o partido que elegeu Flávio em 2020, entendemos que fez por conta de um projeto pessoal que é a disputa pelo cargo de deputado estadual. Dá forma como foi feito configurou infidelidade partidária que é punida com a cassação. Nossa expectativa é que isso aconteça, com um ou outro voto divergente, mas por ampla maioria. O caso não foi definido e haverá nova votação no dia sete de novembro”, informou Simoni.
Por sua vez, o vereador Flávio Mantovani disse que a saída dele do partido foi pautada na fusão da Rede com o Psol e houve anuência da Rede. Contou que teve um voto contrário, mas alguns fatos novos apareceram no processo. Disse que espera que, diante dessa jurisprudência, “consigamos alcançar a improcedência desse certame. Sabemos que na eleição os votos entram para somar, mas entendemos que ganha quem faz voto. Eu não nasci vereador, nem político, decisão judicial a gente acata, só espero que seja justa”.
Victor Cardoso
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