O índice de infestação da dengue em Maringá é de 1%, considerado risco médio. Houve aumento em relação ao Levantamento de Índice de Infestação do Aedes Aegypti (Lira) anterior, quando Maringá estava com 0,6% de índice de infestação. No último boletim foram confirmados 155 casos no município, sendo 14 considerados graves. No momento, 13 casos suspeitos estão em análise.
“Se os números estão na média dos anos anteriores, a gente sabe que a dengue é uma doença que não podemos baixar a guarda e o combate é feito através do mosquito transmissor do Aedes Aegypti. Então, mesmo que tenhamos 1% de infestação predial, é neste momento que temos que aumentar as nossas ações pra diminuir significativamente os focos”, afirmou o secretário de Saúde, Clóvis Augusto Melo.
O maior risco de infestação do mosquito foi registrado na região da Unidade Básica de Saúde (UBS) Morangueira, que tem o percentual de 3,2%. Porém, não é o local com mais casos confirmados. A região da UBS Ney Braga foi a que mais confirmou casos de dengue, 12 no total. Todavia, o índice de infestação é de 0,9%. Outro dado registrado é que 47% dos focos de dengue estão nas casas, sendo encontrados em recipientes de plásticos, garrafas, sucatas e entulho de construção. Outros 25% são encontrados em recipientes para armazenamento de água da chuva.
“algo interessante que foi registrado é que na região noroeste foram encontrados focos de dengue relacionados a pessoas querendo guardar água da chuva para utilizar. É algo bom, ecológico, mas precisa ser tampado, porque resolve um problema, mas inicia outro. Por isso serão realizados vários mutirões de limpeza com o objetivo de tentar evitar a proliferação do mosquito. Os mutirões, além da região noroeste, também vão acontecer em outros pontos como Zona 6”, explicou Melo.
Os dados do 4º Lira de 2022 foram coletados de três a sete de outubro e reflete o cenário da dengue na Cidade. O atual período epidemiológico começou em agosto e segue até julho de 2023.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução