Desde a época do cristianismo primitivo, que se desenvolveu sob as ruínas do Império Romano, que os cristãos rezavam por seus mortos, em especial pelos mártires, onde estes eram frequentemente enterrados, nas catacumbas subterrâneas da cidade de Roma.
O costume de rezar pelos mortos foi sendo introduzido paulatinamente na liturgia (conjunto de rituais que são executados ao longo do ano) da Igreja Católica. O principal responsável pela instituição de uma data específica dedicada à alma dos mortos foi o monge beneditino Odilo (ou Odilon) de Cluny.”
Odilo (962-1049) tornou-se abade de Cluny, em Borgonha, na França, uma das principais abadias construídas no mundo medieval e responsável por importantes reformas no clero no período da Baixa Idade Média. Em 02 de novembro de 998, Odilo instituiu aos membros de sua abadia e a todos aqueles que seguiam a Ordem Beneditina a obrigatoriedade de se rezar pelos mortos. A partir do século XII, essa data popularizou-se em todo o mundo cristão medieval como o Dia de Finados, e não apenas no meio clerical.
Com estas informações, extraídas do site brasilescola.uol.com.br, sobre uma data onde as saudades são marcantes, reflitamos:
De todas as dores da Humanidade, possivelmente a mais aflitiva seja a que se constitui na separação dos afetos pelo fenômeno da morte.
Embora todos saibamos que a morte é a etapa final dos que vivem na Terra, não nos preparamos para recebê-la. Eis porque ela sempre nos surpreende, esfacelando-nos o coração em tortura moral.
Para os que acompanham o féretro até o que se denomina a última morada do corpo de carne deveria ser o momento de acuradas reflexões. O que existe, afinal, para além do túmulo? Para onde vão as almas dos que se foram, abraçados pelo sono da morte? Como diluir a dor da separação?
Que existe vida além desta vida já foi suficientemente comprovado. Seja pela revelação religiosa que, desde os tempos imemoriais se refere ao Espírito imortal, seja por ramos da ciência médica e psicológica que apresentaram estudos variados, concluindo pela existência de um mundo invisível, onde vivem os que deixam o corpo carnal.
Jesus, o Mestre Excelso, provou mais de uma vez que a morte é uma ilusão dos sentidos físicos. No Tabor, ao se transfigurar, frente aos olhares atônitos de Pedro, Tiago e João, apresenta-se tendo ao lado direito e esquerdo as figuras veneráveis do legislador hebreu Moisés e do profeta Elias.
Ora, ambos haviam vivido entre os hebreus há muitos séculos.Contudo, se apresentaram tão vivos que Pedro cogitou de erguer tendas para que eles as habitassem, ali mesmo no Monte Tabor.
Jesus, após Sua morte infamante na cruz, mostrou-se aos Apóstolos e aos discípulos variadas vezes, em ambientes fechados e ao ar livre, demonstrando que prosseguia vivo.
Os que morrem continuam vivendo, no mundo que lhes é próprio, o espiritual, que somente não detectamos pela grosseria de nossa visão material.
A prova de que prosseguem vivos a temos nos sonhos em que com eles nos encontramos, trocamos confidências, amenizamos as saudades. Essas são as experiências individuais de todos nós.
Apesar de tudo, a saudade se alonga nos dias, tanto mais forte quanto mais se demoram os meses e se amontoam os anos.Por isso, somente a oração pode lenificar a longa saudade. Quando oramos a Deus pelos que partiram, eles nos sentem as vibrações, quais se fossem abraços de carinho e na mesma intensidade, os retribuem, pelos fios do pensamento.
Um dia, logo mais, haveremos de nos reencontrar na Espiritualidade, quando transpusermos os umbrais da morte. Então, diremos Adeus aos que permanecem, para recebermos um Olá, você chegou! dos que nos precederam e nos virão receber no portal da tumba.
Para concluir essas reflexões, citadas no Momento Espírita, que as saudades que sentimos de nossos entes queridos, que retornaram ao Mundo Espiritual, antes de nós sejam sentimentos saudáveis, de recordações dos bons momentos vividos juntos, enquanto estiveram encarnados.
Akino Maringá, colaborador
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