O jovem morto e os dois feridos estavam no velório do amigo, executado em um bairro de Maringá na madrugada de domingo.
A Polícia Civil ainda não tinha pista dos assassinos até ontem à tarde, mas já tinha indícios de que os crime estariam diretamente ligados ao tráfico de drogas. As duas mortes, seguidas de dupla tentativa de homicídio ocorreram quarta-feira , Dia de Finados, uma delas na entrada da capela municipal onde o corpo de José Augusto de Oliveira Santiago estava sendo velado. Santiago, de , de 19 anos, foi assassinado com quase trinta tiros de pistolas 380 e .40 em uma residência da Rua Rio Tapajós , no Conjunto Branca Vieira, onde participava de uma festa com amigos. O alvo, segundo a polícia, seria Samuel, o irmão dele. Como o mesmo não estava no local, José morreu no lugar do irmão.
Segundo uma testemunha, dois participantes da festa tinham saído para buscar mais bebidas, quando os criminosos chegaram e bateram no portão. Alguém lá dentro, pensando que era os amigos que retornavam com a bebida, gritou que o portão estava apenas encostado. Foi quando dois homens armados entraram e foram na direção José Augusto. Depois de cometerem o crime, fugiram em um Fiat Uno e reapareceram já no final da tarde no cemitério municipal de Maringá, onde atiraram contra três amigos da vítima que estavam no velório, no exato momento em que os funcionários da funerária pegavam o caixão para ser levado até o local do sepultamento .
O trágico dia de finados terminou para a família do rapaz assassinado na Zona Norte de Maringá com a morte de um primo e ferimentos graves em outro. Uma terceira vítima que estava do lado de fora da capela municipal, também foi alvejada pelos criminosos. Morreu no local Fernando Gabriel Cardoso Lamin, de 19 anos. O primo dele, Gustavo Medeiros Cardoso Vieira, de 18 anos, ficou gravemente ferido, com dois tiros no pescoço. Outro rapaz, amigo do que estava sendo velado, também foi atingido e lavado pelo Samu para um hospital da cidade, sem risco de morte mas em condições clínicas que inspiram cuidados.
De acordo com Diego Almeida, delegado da Homicídios, os crime têm relação com o tráfico de drogas. Os atiradores teriam ido até o cemitério para matar Samuel, e lá promoveram o tiroteio num local onde haviam diversas pessoas, inclusive que participavam de outros velórios. “Nós temos indicativos de que o tráfico de drogas fazia parte da atividade deles. É uma guerra entre traficantes e não podemos aceitar isso. Temos algumas pessoas como suspeita e continuamos com as investigações de encontrá-los”, explica o delegado. Investigadores já identificaram os atiradores mas nenhum deles havia sido presos até o fechamento dessa edição.
Redação JP
Foto – Plantão Maringá