A Prefeitura de Maringá contratou a empresa Fundação Ezute, com sede em São Paulo, com o objetivo de realizar um estudo técnico para a concessão do Hospital da Criança. No Diário Oficial do Município a publicação (nº 1000/2022) explica que se trata de uma “contratação de serviços técnicos especializados para elaboração de estudo técnico referente à programação técnica, operacional, financeira e jurídica para a concessão de uso de bem público para a operacionalização do Complexo do Hospital da Criança Irmã Calista de Maringá”.
Para a realização desse contrato não houve licitação e a assinatura do documento aconteceu no início do mês, sendo vigente por 12 meses. Segundo o site da Fundação, a empresa é “uma organização privada sem fins lucrativos que oferece soluções inovadoras em tecnologia e gestão, para os desafios e problemas enfrentados pelas instituições brasileiras, especialmente as públicas”. Para o serviço técnico especializado a Ezute vai receber R$ 1.098.000,00.
Os primeiros recursos para a construção do Hospital da Criança de Maringá foram liberados em 2017, a última previsão de funcionamento anunciada era para abril deste ano; mas a expectativa foi transferida para o início de 2023. A secretária de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Maíra Botelho, sinalizou que o custeio do hospital poderá ser tripartite, bancado pelos governos Federal, Estadual e Municipal, a partir de março de 2023.
Em outubro, houve uma reunião entre representantes do Ministério da Saúde, agentes da Secretaria de Saúde do Paraná e da Secretaria de Saúde de Maringá para definir a gestão do Hospital da Criança. Segundo o prefeito Ulisses Maia, o investimento para as obras no entorno da unidade foi de R$ 8,8 milhões de recursos do Ministério da Saúde e do Estado. O Hospital da Criança terá 160 leitos, sendo 20 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e ambiente com atendimento especializado em doenças raras e procedimentos de alta complexidade em 21 especialidades. A estrutura deverá receber pacientes de 115 cidades. Além disso, 60% dos leitos vão atender pelo SUS, ou seja, a cada 10 atendimentos, seis serão totalmente gratuitos. O custo mensal para manutenção do espaço será de RS 10 milhões. Em agosto, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, realizou uma visita técnica na unidade. A inspeção na estrutura, que durou cerca de 30 minutos, foi acompanhada pelo governador Ratinho Junior; o secretário de Estado da Saúde, Cesar Augusto Neves Luiz; o secretário de Saúde de Maringá, Clovis Melo; e o prefeito. Após percorrer as instalações da unidade, o ministro informou que o hospital está pronto para atender várias demandas. Na época disse que, no local, “poderá ser feito, inclusive, procedimentos fetais. Seja na assistência, na pesquisa ou na formação de profissionais que tanto o SUS necessita”.
Victor Cardoso
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