Desde o último dia 30, após conhecido o resultado do segundo turno da eleição para presidente de república, parte do país faz um movimento de protestos que muitos consideram de antidemocráticos, outros entendem que seja contra ameaças à democracia.
Por trás de um movimento deste porte, há líderes que se dedicam a organizá-lo. Tais movimentos geralmente causam transtornos. O importante é que, qualquer que seja a motivação, prevaleça a paz e o respeito aos direitos dos outros.
A propósito, muitos homens têm dedicado suas vidas para uma cultura de paz e não violência. Instituições religiosas e escolas têm promovido concursos, caminhadas, encontros em prol da paz.
Muita gente pensa que isso é coisa de sonhador, uma missão impossível. Contrariando o pessimismo desses, o mundo de paz vem sendo construído a pouco e pouco.
Multiplicam-se pelo planeta homens, mulheres e crianças decididos a realizar o sonho.A UNESCO, criada em 1945, e cujo objetivo é a promoção da paz e dos direitos humanos, prescreve, em seu ato constitutivo: Se as guerras nascem na mente dos homens, é na mente dos homens que devem ser erguidas as defesas da paz.
No ano 2000 lançou o manifesto, de cuja elaboração participaram reconhecidos defensores da paz e que formaliza o convite ao seguinte compromisso: Eu me comprometo em minha vida cotidiana, na minha família, no meu trabalho, na minha comunidade, no meu país e na minha região, a: Respeitar a vida, respeitar a vida e a dignidade de cada pessoa, sem discriminar nem prejudicar;
Praticar a não violência de forma ativa, rejeitando a violência em todas as suas expressões: física, sexual, psicológica, econômica e social, em particular ante os mais fracos e vulneráveis, como as crianças e os adolescentes;
Comprometo-me a ser generoso, compartilhar o meu tempo, meus recursos materiais, cultivando a generosidade, a fim de terminar com a exclusão, a injustiça e a opressão política e econômica;
Ouvir para compreender, defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural, privilegiando sempre a escuta e o diálogo, sem ceder ao fanatismo, nem à maledicência e o rechaço ao próximo;
Preservar o planeta, promovendo um consumo responsável e um modelo de desenvolvimento que tenha em conta a importância de todas as formas de vida e o equilíbrio dos recursos naturais do planeta;
Redescobrir a solidariedade, contribuir para o desenvolvimento de minha comunidade, propiciando a plena participação das mulheres e o respeito aos princípios democráticos, com o fim de criar novas formas de solidariedade.
A fórmula não é nova, somente revestida de roupagem atual. O convite à paz se faz insistente, desde os dias da Galileia.
A minha paz vos deixo, a minha paz vos dou. Eu não a dou como a dá o mundo…Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. Não resistais ao mal que vos queiram fazer…
Ainda sonho, dizia Martin Luther King, que um dia a guerra chegará ao fim, que os homens transformarão as espadas em arados e as lanças em machados . As nações não mais se levantarão contra outras nações, nem se estudará mais a arte da guerra.
Sonho que com fé, apressaremos a chegada do dia em que haverá paz na Terra e boa vontade para com todos os homens.
Será um dia de glória. As estrelas da manhã cantarão em coro e os filhos de Deus gritarão de alegria.
Que este texto, baseado em recentes acontecimentos e com conteúdo da redação do Momento Espírita, sirva para refletirmos.
Transformemos o sonho de pouco mais de 50% dos eleitores em realidade para todos os brasileiros. Que a paz prevaleça entre os todos, com os que votaram em de Bolsonaro reconhecendo a eleição de Lula, torcendo e trabalhando para ajudá-lo a fazer um governo sem repetição de eventuais erros do passado.
Todos merecem uma segunda oportunidade e o Mestre de Nazaré dizia: ‘ Vá e não peques mais’. Que do governo Lula/ Alckmin consiga êxito da recuperação da imagem do Brasil no Mundo, e que faça parte de um movimento para a paz.
Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução