Os orelhões já foram muito úteis. Só quem já esperou na fila para ligar para um parente, pedir pizza ou mesmo aguardar uma ligação de alguém sabe o quanto o telefone público foi importante para os brasileiros. Em algumas cidades do País, o famoso orelhão ainda é tem utilidade, mas na maioria dos municípios, como é o caso de Maringá, é raro ver um. O Brasil tem hoje 144 mil orelhões espalhados e 85 mil em funcionamento. Mais da metade dos telefones públicos ativos fica na Região Sudeste: 33,1 mil em São Paulo e 8,5 mil em Minas Gerais; segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Segundo uma operadora de telefonia, uma ligação é feita em média por dia num orelhão pelo País. Um dos motivos, além da manutenção cara, dos aparelhos estarem praticamente extintos. Bem diferente dos aparelhos celulares. O número de linhas móveis habilitadas no Brasil é maior do que o número de brasileiros, são 260 milhões de números ativos. Às vésperas da implantação da tecnologia de internet 5G em todo território nacional, mais linhas deverão ser ativadas, uma vez que o celular deixou de ser apenas um telefone para ligações.
Todavia, o mundo com celular não é uma maravilha, existem muitos problemas relatados por consumidores. Em Maringá, até dia 31 de outubro, foram registradas 2.910 reclamações no Procon. Liderando a lista está a operadora TIM, com 1.007 reclamações; em segundo lugar aparece a Oi, 799 registros; Vivo com 578 reclamações; e, por fim, a Claro, 526 casos de consumidores insatisfeitos. De acordo com Patrícia Parra, diretora do Procon, são situações variadas.
“Em primeiro lugar são as cobranças após cancelamento, faturas e/ou multa por renovação indevida da fidelidade. Depois aparecem os problemas na portabilidade, muitas vezes a empresa fala que vai fazer o procedimento da portabilidade, porém o consumidor percebe que apenas foi feita outra linha e ele ficou com as duas ativas. Também tem a alteração indevida dos valores contratados. Subitamente o consumidor começa a receber faturas com outros valores”, explicou Patrícia.
Quanto as falhas nos serviços prestados, como as constantes falhas em ligações, a Anatel informou que está investigando. Em muitos casos, pessoas tem prejuízo financeiro por deixar de realizar transações importantes no trabalho, por exemplo; principalmente com queda de sinal e internet. A diretora do Procon de Maringá ressalta que “o consumidor precisa estar atento ao serviço solicitado e também à sua prestação. Não são problemas que podem ser evitados pelo consumidor porque são ações diretas da empresa. Se o consumidor não estiver atento será lesado e nem ficará sabendo o que aconteceu.”
Caso o problema não seja solucionado diretamente com a operadora, o ideal é ir até a agência do Procon pessoalmente e registrar a reclamação. Em Maringá fica na Avenida Advogado Horácio Raccanello Filho, 5.645. Os profissionais, já acostumados com esse tipo de situação e preparados para ajudar, saberão conduzir a situação na tentativa de solução rápida e simples. Por ser um órgão respeitado, a taxa de soluções é alta. Outro meio interessante que pode utilizar para resolver problemas com operadoras de telefonia é registrar o caso em sites de reclamações como o Reclame Aqui, Proteste, Consumidor, entre outros. Esses endereços eletrônicos fornecem também as estatísticas de resolução para cada empresa cadastrada.
Victor Cardoso
Foto – Maringá Mais
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