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Disciplina e hábito: as chaves para a mudança

Você sabia que não dá para criar um hábito sem disciplina? Disciplina e hábito. As duas coisas andam juntas. A disciplina produz o hábito; o hábito permite a mudança.

A maioria das pessoas nunca quer falar de verdade sobre disciplina e hábito. As imagens que essas palavras produzem em nossa cabeça são chatas e desagradáveis.

Hábito parece algo sem graça. E disciplina, dá até calafrios.

Porém, os hábitos poupam nossas energias e permitem que a vida tenha fluxo. Já a vida sem disciplina é vida desorientada e improdutiva. É vida na mesmice.

Para criar um hábito desejado, tenho boas notícias. A disciplina certa dura bastante, e os hábitos são chatos apenas no início.

Com o tempo, os hábitos tornam-se cada vez mais fáceis de manter. Até a caminhada diária (tão importante para a saúde, mas geralmente negligenciada) se torna tão natural que, quando não fizer, se sentirá profundamente incomodado.

O desafio para introduzir um novo hábito em sua vida é maior no início. Hábitos requerem muito menos energia e esforço para ser mantidos do que para começá-los. O problema é começar.

O rigor da disciplina é só no início. Ature a disciplina o bastante para transformá-la em hábito, e a jornada vai ter uma aparência completamente diferente, a partir de então. Pode ter certeza!

A disciplina que te obriga a repetir sempre a mesma coisa, geralmente no mesmo horário, frequentemente em circunstâncias semelhantes… Essa disciplina deixa de ser disciplina à medida que se torna hábito. E aí o processo deixa de ser doloroso.

Eu já disse aqui e repito: foque em um único hábito de forma que ele seja parte da sua vida, e você poderá conduzir a rotina efetivamente com muito mais facilidade. Como diz o escritor Gary Keller, “o que era difícil se torna hábito, e o hábito torna fácil o que era difícil”.

E aqui está um ponto chave: disciplina significa não ser flexível. Não dá para fazer concessões – enquanto o hábito não está formado. Não tem “jeitinho”. Se você decidir introduzir um novo hábito, você analisa o contexto da sua vida, observa os seus dias, as coisas que faz e, tendo como referência as suas possibilidades, escolhe como fazer. E ao escolher como fazer, você vai repetir todos os dias.

Tipo: decidiu começar um programa de atividades físicas? Após definir o horário e em quais dias você vai fazer, não pode ter concessões. Não tem essa de “ah… hoje não deu, amanhã eu faço”. Ou ainda: “ah… vou deixar para mais tarde”.

Se fizer isso, nunca vai transformar em hábito aquilo que você quer como parte de sua vida.

E qual o tempo necessário?

Os resultados de pesquisas sugerem que se leva uma média de 66 dias para se adquirir um novo hábito. A variação total dos estudos foi de 18 a 254 dias, mas os 66 dias representaram um ponto-chave – com comportamentos mais fáceis levando menos dias em média, e os difíceis exigindo mais tempo.

“Círculos de autoajuda tendem a pregar que o tempo para mudar é 21 dias, mas a ciência moderna não sustenta essa ideia” (Gary Chapman).

Então, entenda, segundo Chapman, “desenvolver o hábito certo leva tempo, então não desista logo. Decida qual é o [hábito] certo, depois dê todo o tempo necessário a si mesmo e aplique toda a disciplina que puder para desenvolvê-lo”.

E só para reforçar, construa um hábito por vez. O sucesso é sequencial, não simultâneo. Ninguém tem, de verdade, disciplina para adquirir mais de um hábito poderoso por vez. Pessoas super bem sucedidas não são nem um pouco sobre-humanas; elas apenas usaram disciplina selecionada para desenvolver alguns poucos hábitos significativos. Um por vez.

Pegou a ideia?

Ronaldo Nezo
Comunicador Social
Especialista em Psicopedagogia
Mestre em Letras | 
Doutor em Educação

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