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Fazendo a diferença

Há alguns anos, nas olimpíadas de Seattle, nove participantes, todos com algum tipo de deficiência, alinharam-se para a largada da corrida de 100 metros rasos. Ao sinal, todos partiram, cada um dando o melhor de si, para superar marcas e chegar ao topo.

Todos, com exceção de um garoto que tropeçou no asfalto, caiu  rolando e começou a chorar. Os outros competidores ouviram o grito e o choro, diminuíram o passo e olharam para trás. Eles viraram e voltaram. Todos eles.

Uma das meninas, com síndrome de Down, ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse: “Pronto, agora vai sarar”. Todos os competidores deram os braços e correram juntos até a linha  de chegada. O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos.

E as pessoas que estavam ali, naquele dia, continuam repetindo esta história até hoje. Os atletas ali tinham algum tipo de deficiência, mas, com certeza, não eram deficientes de sensibilidade, porque lá no fundo, todos nós sabemos que o que importa nesta vida é mais do que vencer sozinho. Se fosse assim, não viveríamos em famílias.

O importante é vencer em equipe. No mundo atual, para manter uma equipe viva e competitiva é preciso muita informação e conhecimento, mas para vencer a corrida é preciso mais do que isso, é preciso muita MOTIVAÇÃO. Esta sim, supera limites, quebra recordes e não somente leva ao TOPO, como também ENCANTA as pessoas com o desempenho e os resultados.

Uma lei é imutável na vida, onde palavras são palavras, explicações são explicações, promessas são promessas, mas só o desempenho, o resultado é a realidade. A pessoa que aprendeu nesta vida que depende de si mesma para vencer, triunfa pela iniciativa.

Lembro-me de um amigo que com seus 50 anos de idade, participou de uma brincadeira de amigos. Ele teria que participar de uma maratona, mas na base da gozação. Nesta brincadeira, ele combinara dar a largada e depois de um certo trecho ele iria de carro para depois chegar perto da chegada e novamente a pé para “ganhar a corrida” simbolicamente.

Ele correu, sentiu que tinha disposição e dispensou o carro e a brincadeira e foi até o fim. Chegou, e logicamente, não ganhou, mas foi uma vitória pessoal, porque conseguiu completar a corrida e isso o motivou muito.

Acabou gostando tanto de correr que passou a treinar e participar de corridas e maratonas para pessoas com mais de 40 anos e encontrou uma nova profissão na vida. Passou a competir e tem hoje em sua casa uma galeria de troféus, entre eles a maratona master de New York e de Washington. Ganhou até patrocinadores e viveu um bom tempo nesta profissão.

O Moacir superou todos os seus limites, porque, apesar da idade, teve muita motivação pela vida e para vencer. Descobriu que tinha potencial e que era melhor ser SETA do que ser ALVO. De que adianta um potencial adormecido?

Lembro-me ainda do jovem estudante de matemática que dormiu durante a aula e ao acordar com o sinal, viu dois problemas no quadro e imediatamente copiou, imaginando ser a tarefa de casa. Já em casa tentou resolver de todas as maneiras, passou o final de semana estudando, madrugada adentro e conseguiu resolver um, afinal ele precisava de nota na matéria.

Ao apresentar o problema resolvido na segunda-feira para o professor, este quase caiu de costas, porque o jovem havia resolvido um dos dois problemas considerados até então, insolúveis pela matemática e que fora o tema de sua última aula. O menino não sabia que era impossível, dormiu na aula, foi lá e fez.

Existe um provérbio na China que diz que uma caminhada de mil quilômetros se inicia com o primeiro passo, portanto, o que faz a vitória da equipe e do ser humano não é somente a chegada, mas cada passo, cada minuto em direção ao alvo. A meta começa no primeiro dia do mês. A viagem deve ser tão boa quanto o destino.

A tragédia é não tentar. O mundo está cheio de pessoas que só aproveitam metade ou menos do seu potencial. Achar que 99% está bom fez o fracasso de muita gente na vida. Marcou todos os gols do campeonato, mas no dia da decisão, chutou o pênalti para fora.

Aqui também entra a palavra FOCO. Se você não chutar o pênalti, nunca saberá se teria feito ou não o gol. A META começa sempre no primeiro dia do mês e deve estar acesa em sua cabeça.

A vida é uma maratona, mas os detalhes do dia a dia é que levam você a vitória, encantam os clientes e fazem a diferença.

Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!

  • Gilclér Regina palestrante de sucesso, escritor com vários livros, CDs e DVDs que já venderam milhões de cópias e exemplares no Brasil, América, Ásia e Europa. Clientes como General Motors, Basf, Bayer, Banco do Brasil, Grupo Silvio Santos, entre outros…  compram suas palestras. Experiências no Japão, Portugal, Estados Unidos, entre outros países… 5000 palestras realizadas no país e exterior. Atualmente no top 10 dos livros mais vendidos no ranking do Google.
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