O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) divulgou o Índice de Preços Regional (IPR), que passa a calcular a variação no preço de alimentos e bebidas no Paraná. No Estado subiu 1,29% em novembro, na comparação com o mês anterior. A iniciativa fará uma análise mensal de 35 itens alimentícios nas seis maiores cidades do Paraná, trazendo um indicador médio da inflação. Os dados apontaram que Maringá tem a maior inflação regional.
Entre janeiro e novembro deste ano, Maringá apresentou um acúmulo de 17,35% ao longo dos onze meses. Em segundo lugar ficou Curitiba, com 16,38%; depois Cascavel, com 16,03%; Ponta Grossa, 15,8%; Foz do Iguaçu registrou 14,98% e Londrina 14,51%. Os produtos pesquisados e analisados pelo Ipardes compõem a Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Somente no mês de novembro, a inflação em Maringá foi de 1,47% maior do que a média de todo o Estado no mesmo mês, ficando em 1,29%.
O item que teve o maior aumento no preço foi a cebola, com alta de 23,3% no mês anterior. Seguida pelo tomate (14,17%), batata-inglesa (10,98%), laranja-pera (9,03%) e maçã (5,91%). Por outro lado, houve queda no preço do frango, que baixou 4,54% no mês, no leite integral (-2,98%), na margarina (-1,55%), no café (-1,16%) e no queijo mussarela (-1,03%).
“Tivemos alguns meses do ano com queda no índice de inflação, mas o contexto ainda é de aumento de custos, com o dólar muito instável prejudicando o agricultor. Também tivemos flutuação na parte de combustíveis, que teve um alívio na metade do ano para cá. Antes do lançamento desse novo índice, os valores praticados em todo o estado eram baseados apenas nos números referentes à capital Curitiba. A partir de agora, municípios importantes do Paraná, que até hoje não tinham uma análise detalhada da inflação de alimentos, terão acesso a dados de excelente qualidade”, disse Daniel Nojina, diretor de Estatísticas do Ipardes.
O diretor-presidente do Ipardes, Marcelo Curado, complementou que, com esse serviço, as maiores cidades do Paraná vão conseguir saber exatamente o comportamento dos preços dos alimentos, que têm um reflexo relevante na vida dos cidadãos. Sendo possível elaborar políticas mais direcionadas so comportamento particular do índice nos municípios.
Victor Cardoso
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