Os vereadores maringaenses encerraram as atividades do ano e entraram recesso legislativo até o mês fevereiro de 2023, quando retomam as atividades da Câmara Municipal para a aprovação de novos projetos. Para o próximo ano o poder Legislativo terá à disposição um orçamento de aproximadamente R$ 76 milhões, valor que representa 5% da receita líquida do município. A expectativa é que seja utilizado menos da metade do repasse da Prefeitura, com orçamento real estipulado em R$ 35 milhões pela presidência da Câmara.
Em entrevista ao Jornal do Povo, o vereador e presidente do Legislativo Mário Hossokawa explica que além de gastar metade do orçamento, a Câmara devolve recursos para a Prefeitura. “Não utilizamos mais do que precisamos e com o controle dos gastos públicos sempre repassamos o que ficou no caixa para a administração municipal. Temos muito controle com as finanças e por isso somos reconhecidos nacionalmente. Finalizamos 2022 com menos da metade do orçamento previsto por lei, totalizando R$ 28,9 milhões”.
Durante o decorrer do ano, no período de 1 de janeiro a 22 de dezembro, foram propostos pelos 15 vereadores mais de 360 projetos, que incluem Lei Complementar, Lei Ordinária, Projeto de Resolução e Propostas de Emenda à Lei Orgânica do Município. Por parte do Executivo foram encaminhados para a apreciação dos vereadores mais de 120 projetos, totalizando cerca de 490 projetos. Depois da Prefeitura o maior número de projetos apresentados foi feito pela vereadora Ana Lúcia Rodrigues que encaminhou para as comissões 70 projetos.
O presidente da Câmara analisa o ano de trabalho como bastante produtivo com muitos projetos para continuar o crescimento organizado da Cidade e projetos que deram atenção especial aos servidores municipais. “Tudo que foi apresentado aos vereadores foi discutido, analisado e aprovado com sabedoria. Rejeitamos muitos projetos e arquivamos outros que não beneficiam a cidade. Também colocamos em pauta assuntos que tratam do futuro de Maringá e da Câmara, projetos polêmicos que poderiam ser discutidos em outras gestões mas que colocamos em pauta e fizemos nossa parte”, diz Hossokawa.
O tema mais polêmico tratado pela Câmara foi o projeto que aumenta o número de vereadores de 15 para 23 para a próxima legislatura. Os vereadores aprovaram e o projeto aguarda a sanção do prefeito Ulisses Maia. “Agimos dentro da legalidade e pensando no futuro de Maringá, que precisa ter mais representante nos bairros e ouvir as necessidades de toda a população. O Jardim Alvorada, por exemplo, um dos maiores bairros da Cidade, não tem um representante na Câmara. Quem ganha com o aumento de cadeiras são os moradores. Nenhum município paranaense do tamanho de Maringá tem menos que 21 vereadores. Nós já tivemos esse número entre 1956, quando a Cidade tinha 80 mil habitantes, até 2004. Hoje temos 430 mil habitantes que são representados por apenas 15 vereadores, número para uma cidade com 90 mil habitantes. Temos que pensar no futuro, mesmo que isso nos prejudique futuramente. A maioria dos vereadores e da sociedade entendeu que a mudança é para um bem futuro e maior”, finaliza Mário Hossokawa.
Dayani Barbosa
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